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Diretores do Náutico e Santa Cruz agiram como gestores e não como torcedores

Thiago Wagner
Thiago Wagner
Publicado em 21/02/2019 às 16:05
Bruno Ré também citou nova maratona coral. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Bruno Ré também citou nova maratona coral. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

É compreensível que os torcedores de Náutico e Santa Cruz estejam chateados com a divisão das cotas da Copa do Brasil. Afinal, a quantia cheia era muito mais interessante do que 60% (no caso coral) ou 40% dela (no caso dos alvirrubros). Só que gestão de futebol não é feita com emoção ou no calor dos ânimos. É preciso planejamento e gerenciamento de riscos. Nesse aspecto, os diretores dos dois clubes demonstraram que sabem usar a razão, deixando o coração de lado. Isso fica para o torcedor de arquibancada, que está no seu direito, diga-se de passagem.

Importante destacar que os dois clubes fizeram o acordo antes do jogo. Pensaram em garantir uma quantia mínima, que seria vital para o decorrer do ano, mesmo sabendo que não teria a premiação integral mais. O acordo foi baseado mais no "seguro morreu de velho". Ambos escolheram garantir a sobrevivência do ano do que arriscarem perder tudo. E estão certos. O luxo do risco é para clubes que não estão no limite financeiro.

Não quer dizer que alvirrubros e tricolores não queriam ou não acreditavam na classificação. Com certeza os diretores do Náutico estão chateados com a saída da Copa do Brasil, mas também estão com a consciência tranquila de os salários dos jogadores poderão ficar em dia por um tempo. No que diz respeito ao Santa Cruz, há o lamento por não ter ganho todo os R$ 1,45 milhão, mas também a tranquilidade que o risco não corrido - afinal bastava a bola de Robinho não bater na trave e entrar para o clube estar eliminado. Sem falar que o clube terá ainda a chance de conseguir maiores premiações - vai enfrentar ABC ou Moto Club e pode ganhar quase R$ 2 milhões.

Logo deveria ponderar mais na hora de somente criticar os diretores dos dois clubes. Claro que o ideal, principalmente no caso do Santa Cruz seria ter a quantia cheia, mas pense que os dirigentes resolveram analisar de acordo com o cenário que vivem. Pior do que ganhar menos é não ganhar nada. E tão ruim quanto isso é dever aos jogadores e funcionários. Talvez tenha sido o recuo necessário para colher o fruto mais na frente. Bola dentro para Náutico e Santa Cruz, que souberam ser cordiais nesse aspecto, abrindo mão da rivalidade, que só deve existir dentro de campo.

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