Apesar de estarem disputando as mesmas competições, tendo orçamentos e problemas parecidos, além de folhas salariais similares, Náutico e Santa Cruz sofreriam de forma diferente uma eliminação na segunda fase da Copa do Brasil. Mas sentiriam. Por isso o acordo na divisão da cota. Não ilegal. Antidesportivo. E compreensível.
Perdedor do confronto, o Timbu tem alternativas para compensar o baque. Mesmo assim, topou o arrumadinho. Até mesmo porque o duelo foi na casa do adversário. Mesmo projetando mais dificuldades ao longo da temporada, o Náutico consolidou o trabalho de base iniciado no ano passado. Colocou nove em campo no Clássico das Emoções de quarta-feira. E tem ao menos quatro propostas concretas (apesar de modestas) para negociar Luiz Henrique, Robinho, Thiago e Lucas. Se a situação apertar, pode abrir mão de um deles.
No Santa a história seria outra. O clube teria a repetição dos problemas de 2018. Que foram graves. Justamente pela saída prematura da competição nacional. Preferiu prevenir, que voltar a remediar.
O ruim foi ter escondido a negociação. Da torcida e, principalmente, dos próprio jogadores.
