Por Diego Borges, da editoria de esportes do Jornal do Commercio
Twitter: @DiBorges9
Entre os mais clássicos jargões populares, costuma-se dizer que o futebol é uma 'caixinha de surpresas'. Mas nem tudo é imprevisível no esporte mais difundido no país. É o caso da derrocada do futebol pernambucano no cenário nacional, que alerta para a urgente necessidade de recuperação do bom desempenho dos clubes locais, da capital ao interior.
Em 2019, após sete anos de representatividade na elite, Pernambuco não terá um clube na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro, onde o Nordeste segue com a maior representatividade na era nos pontos corridos, com quatro equipes. Pior ainda, além do rebaixamento do Sport para a Série B após duas temporadas escapando no fim, Náutico e Santa Cruz não conseguiram o acesso e disputarão novamente a Série C, sob o mesmo formato arriscado de decisão no mata-mata.
Até o Salgueiro caiu para a Série D, de onde os pernambucanos sequer passaram da primeira fase nas duas últimas edições e não sobe uma equipe desde 2013, com o próprio Carcará.
A situação do estado se torna mais alarmante quando os números são lançados no quadro regional de acessos e rebaixamentos. Nos últimos cinco anos, os nordestinos subiram 18 vezes de divisão e caíram outras 21. Os pernambucanos continuem com um único acesso (5,5%), e cinco quedas (24%), que representam cerca de um quarto do total da região.