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Mesmo com queda para Série C, Náutico investiu em tecnologia com o CIN

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 14/10/2018 às 12:39
Fptp: Sérgio Bernardo/JC Imagem
Fptp: Sérgio Bernardo/JC Imagem

Diego Toscano, do Jornal do Commercio

Twitter: @diegotoscanoo

No momento de maior dificuldade da história do Náutico, com a queda para a Série C, investimento em tecnologia e informação chamaram a atenção em Rosa e Silva. Em 2018, apesar do maior objetivo do ano não ter sido alcançado (o time permaneceu na Terceira Divisão), não faltam motivos para comemorar a evolução organizacional do clube no futebol. Principalmente com a criação do Centro de Inteligência do Náutico (CIN).

Capitaneado pelo gerente Ítalo Rodrigues, o CIN funciona como a base de operações para centralizar todas as informações relacionadas ao futebol. As áreas de atuação são: prospecção de atletas, observação do elenco profissional e da base e análise de adversários. Nele, além de Ítalo, três analistas de desempenho: Anderson Borges, Felipe Acosta e João Elias Cruz. Em 2018, com computadores, softwares e salários, o custo do Timbu no setor chegou a quase R$ 250 mil.

“Foi uma conquista de dezembro do ano passado, no início do ciclo para 2018. Sempre bati na tecla de que era fundamental ter um núcleo de inteligência que uniformizasse a informação, seja do profissional ou da base. Trabalho em conjunto para fazer o clube crescer e deixar legado para o futuro. A diretoria apostou nisso e está colhendo frutos”, disse Ítalo.

Figurinha carimbada na seleção brasileira de base, com várias convocações para o sub-15 e sub-17, Anderson Borges foi a grande aposta da diretoria para a criação do CIN. Entre 2014 e 2018, enfileirou títulos em Pernambuco, incluindo conquistas estaduais nos três grandes clubes do Recife. Em 2014, foi campeão da Copa do Nordeste e do Pernambucano pelo Sport. Depois, foram dois anos no Santa Cruz, levantando novamente as duas taças em 2016. Em seguida, saiu para a Chapecoense, voltando para a capital pernambucana nesta temporada, quando conquistou o Estadual pelo Náutico.

“Me ligaram e perguntaram se estava pronto para voltar para Recife. Muita gente me achou maluco por deixar a Série A para a Série C. Acreditei no projeto e vim. Importante a visão do clube, no ano mais difícil da década, investir em tecnologia. Em muitos, apesar de ter análise de desempenho, a conexão com a comissão técnica ainda é bem distante. Aqui, fiquei surpreso porque até meu armário botaram na sala da comissão. União fundamental para almejar o sucesso”, afirmou.

Sempre que se fala em analista de desempenho, pensa-se na contratação de atletas. Mas a prospecção de jogadores é só uma das áreas de atuação do CIN. “É claro que essa é a área que mais chama atenção, o que a torcida mais vê e a imprensa mais discute. Mas temos também vários setores: análise de mercado, monitoramento de atletas, seja para prospecção ou da nossa base e profissional, análise de desempenho dos adversários, entre outros. Criamos nosso próprio padrão de avaliação”, explicou Ítalo.

A criação do CIN, porém, não vai evitar erros nas contratações. “Não tem receita de bolo. Caso contrário, todo mundo que tivesse setor de análise ganharia tudo. Seria só matemática. Não tem como prever qual jogador vai dar certo ou não. Nossa principal função aqui é minimizar erros. O CIN também não contrata ninguém. Fazemos a avaliação e passamos para a diretoria o nosso entendimento. Nem sempre é unanimidade. E nem toda unanimidade é certeza que vai dar certo”, complementou Anderson.

COMISSÃO TÉCNICA

Em termos de comissão técnica, muitos elogios para a o técnico Márcio Goiano e o auxiliar Edson Miolo durante a Série C. “Miolo estava aqui todos os dias para olhar o que a gente tinha de informação para passar. Também assistimos a vários jogos completos com Márcio. Eles são um dos motivos para eu já ter acertado a permanência para 2019. Essa integração faz o trabalho ficar muito mais fácil”, finalizou o analista.

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