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Santa Cruz vai ter que priorizar a defesa para compensar a falta de pontaria de seu ataque

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 19/06/2018 às 15:57
Foto: Alexandre Gondim/ JC Imagem.
Foto: Alexandre Gondim/ JC Imagem.

Por Wladmir Paulino

@wladmir_paulino

A derrota para o Náutico por 1x0, no Arruda, mesmo com o adversário inferiorizado em um jogador desde meados do primeiro tempo foi o ápice de num problema crônico do Santa Cruz em 2018: a falta de um atacante especialista em finalizar. Toda esperança está depositada nos pés de Lima, de 35 anos, que tem um bom retrospecto na temporada, com 15 gols em 22 jogos. Convenhamos, um peso muito grande para um jogador que chega na segunda quinzena do mês de junho, com o primeiro dos nove jogos do returno já disputados. O mais viável é que Roberto Fernandes tenha que mudar seu estilo.

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O comandante tricolor tem o DNA da ofensividade, o que funciona muito bem quando você tem jogadores habilidosos e que sentem-se à vontade dentro da área, cara a cara com o goleiro adversário. Definitivamente, esse não é o caso do Santa. Sim, é fazendo gol se pontua no futebol, mas uma das maneiras de se conseguir uma classificação é, primeiro, impedir que o adversário marque. E jogar por uma bola lá na frente.

O melhor exemplo recente seria a vitória do Náutico sobre o Sport por 3x0, na Arena de Pernambuco, ainda na primeira fase do Pernambucano. Roberto fechou o Timbu em seu campo e aproveitou as brechas deixadas pelo adversário para surpreender no contra-ataque. A noite inspirada de Wallace Pernambucano também ajudou a construir o placar de 3x0.

No Arruda ele não tem um Wallace Pernambucano e acaba de perder o segundo 'candidato' a camisa 9, Halef Pitbull. O torcedor coral vai torcer o nariz mas é hora de adotar um estilo mais próximo ao de Vinícius Eutrópio, que ganhou a antipatia da torcida muito mais por rasgar elogios a atuações medianas do que propriamente fechar bem a defesa e jogar por uma ou duas bolas.

O elenco tem uma boas ferramentas para usar bem o contra-ataque: Robinho e Leandro Costa; e um armador com passe preciso: Carlinhos Paraíba - isso se a lesão muscular não for muito grave. Não é o modelo de jogo preferido de nove entre dez torcedores, mas é o que o Santa Cruz tem para hoje. E que pode ser sua porta de entrada para a segunda fase da Série C.

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