Não havia nada que impedisse Magrão de jogar mais um ano pelo Sport. Clube e jogador pensaram: 'Por que não?' E acertaram mais um vínculo para até o fim de 2019. Bom para Magrão, para o Leão e para a torcida. O camisa 1 vem provando em 2018 que não perdeu duas coisas: a capacidade de ser extremamente útil aos rubro-negros e a ambição de conquistas. Às vésperas de completar 40 anos, em 2017, o jogador admitiu o objetivo de tornar-se o jogador com mais conquistas na história vermelha e preta. Atualmente, está empatado com o atacante Leonardo, ambos com nove.
Talvez vencendo o Campeonato Pernambucano deste ano, que se desenhava favorável ao Sport pelo rebaixamento de seus dois maiores concorrentes e ainda por cima não ter a Copa do Nordeste para dividir, Alessandro Beti Rosa pendurasse suas luvas este ano. Vislumbrava-se, no segundo semestre, o ingresso na carreira política, ainda mais depois de trocar o PSB pelo PSC, em abril. Mas o desejo de não restar nenhuma dúvida de seu tamanho dentro da história leonina falou mais alto.
Já são 708 jogos disputados e incríveis 32 pênaltis defendidos. O último deles de forma apoteótica, no final do jogo contra o Palmeiras, em pleno Allianz Parque, quando o Sport vencia, de virada, por 3x2. Aquele tipo de jogo que por anos vai ficar na memória de quem assistiu.
Outra série de grandes defesas ao longo da atual temporada foram o reforço que ele precisava para encarar mais um ano sob a dura rotina de treinamentos. O goleiro treina normalmente enquanto os jogadores fazem regenerativo, só para dar um exemplo.
Magrão tem a confiança de todos: do presidente ao mais humilde torcedor. No curto prazo o Sport não vislumbra um goleiro de mesmo nível, seja em casa ou 'importado'. E feliz de quem vai acompanhar futebol em 2018 em ter um atleta com a qualidade de um Magrão em campo, nem desafiando o tempo, mas fazendo dele seu melhor aliado.
