Desde a sua chegada à vice-presidência de futebol do Sport, Guilherme Beltrão tem reafirmado o discurso de que quer formar um time "operário" para a disputa do Brasileirão Série A 2018. A intenção é claramente fugir de jogadores mais gabaritados e caros no mercado e priorizar a formação de um elenco de menos 'grife'. As declarações, naturalmente, recaem sobre atletas de maiores salários do ano passado, como André e Diego Souza, que foram negociados neste ano.
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Para rebater o vice-presidente, defensores desse tipo de contratação alegam que foram os jogadores de maior valor que salvaram o time do rebaixamento à Série B, no ano passado. Beltrão falou sobre o que pensa novamente nesta quinta-feira (12), à Rádio Jornal.
"Eu vejo muitas pessoas dizendo, com razão, que Diego Souza e André fizeram 25 gols e fizeram o time ficar na Série A. Mas também essa avaliação carece de uma análise mais profunda. Por exemplo, se fez uma estatística com eles que foram importantes para a Série A do ano passado. Esquecem que eles precisaram de outros jovens para fazer o time, dar sustentação. Na hora em que eles estavam buscando o gol, tinha que armar um esquema só pra eles jogar, tinha que cuidar na marcação. Para uma visão simplista de virtuosis, Diego Souza e André salvaram o Sport", disse o dirigente.
Guilherme Beltrão afirmou ainda que não é contra a existência de jogadores ditos diferenciados no elenco do Sport. Mas que é preciso analisar as condições do clube de suportar atletas desse tipo.
"Quero dizer que não sou contra virtuosos, sou contra a capacidade financeira, o custo-benefício e o envolvimento ele com o clube. Às vezes quando vocês só tem um ou dois virtuosos no elenco, a vitória é dele e a derrota dos outros. Isso por si só arrasta o grupo", disse.
Ele complementou lembrando de outras campanhas do Leão. "Eu continuo apostando na coletividade do Sport, quero lembrar de duas campanhas de 2000 que foi o melhor time que eu vi o Sport jogar, chegamos muito longe na Série A"
