As cenas de horror vividas pela torcida do Santa Cruz na Ilha do Retiro na noite de última quarta-feira (7), quando a equipe empatou com o Sport no Clássico das Multidões pela última rodada da primeira fase do Campeonato Pernambucano foram lamentadas pelo vice-presidente de futebol rubro-negro Guilherme Beltrão. Ao comentar o caso, o dirigente afirmou que o jogo entre os dois times, na próxima quarta-feira (7) pelas quartas de final, deveria ter apenas a torcida mandante.
"Gosto do futebol das torcidas, fui de uma época em que nós íamos para campo torcer, mas torcer para ver o bom jogo e quem ganhasse comemorava e quem perdesse lamentava. Agora chegamos a esse estado das coisas. Acho que o jogo da próxima quarta-feira devia ser torcida única, torcida do mandante, que é o Sport Club do Recife", disse Beltrão, em entrevista à Rádio Jornal.
LEIA MAIS:
> “O Santa Cruz não pode ser culpado por falta de estrutura do Sport”, diz Tininho
> Sport lamenta incidentes com torcedores do Santa Cruz na Ilha do Retiro
O vice-presidente também reclamou da continuidade do jogo mesmo com dezenas de torcedores, cerca de 60 pessoas, recebendo atendimento em campo, com oito ambulâncias dentro do estádio. "Foi lamentável. Não havia motivo para aquela situação e acho que o jogo tinha que ter parado", conjecturou. Como estava acompanhando a partida no placar, Beltrão afirmou que viu o tumulto após ouvir os tiros de bala de borracha.
Ainda assim, o dirigente rubro-negro direcionou a culpa ao citar que viu comentários de "pessoas que tem cargos nas redes sociais querendo tirar proveito da situação para dizer que o campo do Sport não tem condições de jogo". "Isso não se faz porque o problema foi criado por uma única torcida do adversário e com as forças de segurança, que poderia ter sido em qualquer estádio do mundo daquela maneira que aconteceu", emendou.
Por fim, Guilherme Beltrão prestou solidariedade às vítimas. "Lamento pelas vítimas, lamento pelas cenas horrorosas que estão rodando o mundo hoje, lamento pelo futebol pernambucano, pelas pessoas e pelas famílias que gostaríamos todos de assistirmos aos jogos com tranquilidade, como um divertimento", concluiu o diretor do Sport.
