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[Opinião] As lições do clássico para Náutico e Sport

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 25/01/2018 às 16:09
Foto: Bobby Fabisak/ JC Imagem.
Foto: Bobby Fabisak/ JC Imagem.

Por Wladmir Paulino

@wladmir_paulino

Náutico 3x0 Sport não vai determinar como será a temporada dos dois clubes, mas dá uma visão dos dois rivais no médio prazo. Seus pontos fortes, fracos. O que podem melhorar e o que deve ser potencializado. A primeira lição, que o jogo deu o enésimo exemplo é que dinheiro, por si só não traz felicidade. Se você não souber o que fazer com ele, vai virar fumaça numa fração de segundo. Algumas horas antes do Clássico dos Clássicos, o Leganés deu o aviso ao derrubar o multimilionário Real Madrid em pleno Santiago Bernabéu pela Copa do Rei.

Isto posto, vamos aos dois times. O técnico Roberto Fernandes surpreendeu. Não por mexer radicalmente na escalação. Mais cedo ou mais tarde ele teria que fazê-lo pelo intenso desgaste de seus atletas. O diferencial do treinador foi o modelo de jogo adotado. O Náutico deu um exemplo clássico de como vencer SEM a bola. Claro que isso de novo não tem nada, mas quando acontece debaixo de nossos narizes é sempre mais fácil analisar.

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O que o técnico alvirrubro montou foi um modelo de jogo baseado em dois princípios: fechar o corredor central e amplitude nos contra-ataques: encolhe o campo quando o adversário ataca e amplia quando você ataca. Foi assim que o Botafogo caminhou longe da Copa Libertadores de 2017 e o Corinthians sobrou no Brasileirão. Claro que ninguém está comparando os dois times, mas o posicionamento da equipe em situações específicas.

Roberto é um treinador com uma vocação 100 por cento ofensiva, mas teve o grande mérito de entender o momento da competição, do adversário e, principalmente, o material humano que tem em mãos.

SPORT

O primeiro problema do Sport foi a ausência de André. Um centroavante que consegue pensar o jogo como um meio-campista é raro e sempre faz falta. E quando o time encontra um sistema defensivo bem compactado o resultado é catastrófico. Mas não foi só isso que fez o Sport cair na armadilha. Faltou ao time o aproveitamento num fundamento que já era defeituoso no ano passado: passe.

Para 'quebrar' uma retranca existem duas possibilidade - excetuando o erro de quem está marcando: jogada individual ou circulação de bola rápida. A jogada individual depende de ter no elenco alguém tecnicamente capacitado acima da média, algo que, hoje, o elenco rubro-negro não tem. Restava a segunda opção. Quando a bola muda de lugar, a marcação rival também tem que mudar para acompanhá-la.

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Quanto mais rápido isso acontecer, mais rápido terá que ser o deslocamento dos defensores. O tempo de reação precisará ser mais rápido e a possibilidade de erro aumenta. Esse é princípio básico do 'Guardiolismo', que foi levado para a seleção espanhola, campeã mundial em 2010, e famoso pelo apelido de tique-taque - que o treinador sempre refutou com veemência.

Com tantos erros de passe, o Sport não conseguiu deslocar a marcação alvirrubra. No segundo tempo, quando os rivais recuaram mais do que deveriam, o acerto até aumentou um pouco, mas só no passe lateral. Com isso, chegamos à maior consequência dessa dificuldade: cruzamentos e mais cruzamentos. Outro artifício usado e abusado pelo time nos seus piores momentos no Brasileirão do ano passado.

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