O treinador do Náutico, Roberto Fernandes, comentou sobre a realidade financeira do clube em coletiva de imprensa após o jogo contra o Altos. Para ele, a situação atual não permite qualquer contratação que possa vir nesse momento. O técnico alvirrubro ainda destacou a importância do número de sócios aumentar e surgir mais patrocinadores para o Timbu nesta temporada. O segredo para ele nesta fase, é manter os pés no chão e paciência.
"Isso não é uma crítica, mas o grande problema é que não estamos acostumados a ver isso em Pernambuco. A realidade de clubes de Série C que conquistaram o acesso. O Sampaio (Corrêa) subiu da C para a B com folha de R$ 170 mil. Perderam jogos, mas terminaram em primeiro. A realidade de time que tem menos posse de bola, porque posse custa dinheiro, mas não é menos competitivo", disse.
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Roberto também ressaltou que o Altos, adversário que compõe o mesmo grupo na Copa do Nordeste, está em um padrão próximo ao Náutico. "Tanto que tem treinador como o Waldemar, que disputou com a gente. O momento do Náutico não é como nos anos anteriores, que um lateral joga mal e vai lá contratar outro. Daqui a pouco têm seis laterais, com uma folha três vezes maior do que pode e tome dívida. E no final, 14 anos sem títulos e dois rebaixamentos. Pés no chão e paciência".
Sobre a maratona de jogos, Roberto Fernandes disse que a fórmula do Pernambucano permite fazer um campeonato em paz. "Dentro do Estadual, o Náutico tem que buscar vitória, mas tem que parar de colocar de que tem que ganhar de todo jeito. Classificam oito. O último que disputei em 2011 terminei com dez pontos à frente do Sport. Pra quê esse desespero de ter que terminar em primeiro? Entre os oito vamos para o mata-mata, e é importante fazer o primeiro em casa, mas qual a garantia que tem? Se estivéssemos nos Aflitos, faríamos diferente", comentou o treinador.