As origens humildes de Carlitos Tévez são de conhecimento de todos os amantes do futebol argentino. O que poucos sabiam é que o atacante usa o local onde cresceu como uma espécie de 'terapia' para Lito, seu único filho homem. Mas o tema é inusitado, contado pelo próprio jogador, em entrevista à emissora TyC Sports: para o garoto apanhar e, nas suas próprias palavras "não desmunhecar".
Em outras palavras, o atleta acredita que submetendo o garoto, de apenas três anos, a um ambiente violento afasta o risco de ele tornar-se homossexual. "Levo o Lito ao bairro comigo. É garoto, mas imagine... A mãe, as avós, o único homem, entende? Se não o levo ao bairro para que lhe deem umas pancadas, ele pode desmunhecar", disse Tévez, que cresceu no Fuerte Apache, um dos bairros mais violentos da periferia de Buenos Aires.
"Um dos jornalistas ainda tentou amenizar a situação, pontuando que, conhecendo uma realidade mais dura, o garoto poderia aprender melhor a reagir diante de adversidades. Ao que Tévez respondeu: "Então, o levo ao bairro para que se faça com os garotos dali. Que jogue bola. O levo por isso."
A entrevista foi ao ar na tv argentina na última segunda-feira (15). Nela, o jogador lembrou que foi justamente uma visita ao bairro recentemente que despertou sua vontade de jogar futebol. Na semana passada, inclusive, ele foi visto jogando bola no Fuerte.
