No Brasil é muito comum ver cachorros nas ruas e as pessoas, de maneira geral, não se incomodam com a presença dos animais que não têm um lar. Há até quem os ajude, alimentando-os diariamente. Na Copa de 2014, em que o país foi sede do Mundial, você imaginaria operações especializadas em matar esses animais para "limpar" as cidades? Pois é isso o que a Rússia, anfitriã do torneio deste ano, está fazendo.
Autoridades do país cumprem ordens para manter os animais selvagens longe da população, de acordo com declarações do departamento russo, afirmados nesta quinta-feira (11). "Recebemos vários apelos de ativistas pelos direitos dos animais e de cidadãos solidários que dizem que estão sendo realizados tiroteios em massa e eutanásia de animais de rua em várias cidades anfitriãs da Copa do Mundo", declarou ao diário Parlamentskaya Gazeta o chefe do comitê de proteção ambiental da câmara de deputados, Vladimir Burmatov.
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Ainda segundo fontes locais, as populações de cães de rua se mostram agressivos em busca de comida e por isso estariam tomando esta medida. A estimativa é que cerca de dois milhões de animais de rua compõe esta população que poderá ser sacrificada. O vice-primeiro-ministro russo Vitaly Mutko pediu aos responsáveis que tomem as medidas necessárias para resolver o problema com humanidade.
De acordo com a AFP, Burmatov pediu que as autoridades regionais usem "métodos humanos sem causar a morte, mutilando ou lesionando os animais". O parlamentar solicitou também para que os cães sejam enviados a abrigos temporários e esterilizados e defendeu que estas medidas não são mais caras do que matá-los e "melhorariam a imagem da Rússia no mundo".
"Estas ações perturbadoras precisam parar, a reputação de nosso país está em jogo. Não somos selvagens que assassinam em massa animais de rua, jogando seus corpos ensanguentados em camiões dirigidos pela cidade", disse. Em resposta, o ministro dos Esportes afirmou que ordenou as cidades anfitriãs a usarem os métodos solicitados para evitar uma reação pública negativa, conforme informações do jornal Parlamentskaya Gazeta.