Filipe Farias, do Jornal do Commercio
Twitter: @_filipefarias
O tempo se tornou, de longe, o maior inimigo do Sport. A uma semana do início da pré-temporada (3 de janeiro), a diretoria rubro-negra segue sem conseguir anunciar nenhuma contratação e, de quebra, 11 jogadores já deixaram o clube - oito não tiveram os seus contratos renovados, Samuel Xavier acertou com o Atlético-MG e Ronaldo com a Ponte Preta, enquanto Patrick não aceitou a proposta de renovação. Para piorar, mesmo com um elenco que está muito distante de fechado para a temporada 2018, a comissão-técnica e o departamento físico leoninos terão apenas duas semanas para preparar o time para a estreia no Campeonato Pernambucano, no dia 17 de janeiro, diante do Flamengo, em Arcoverde.
Mesmo com a pré-temporada rubro-negra extremamente reduzida, o preparador físico do Sport, Edvaldo Tacão, afirma que já está acostumado com esse desafio. “Nos últimos anos tivemos essa experiência de trabalhar em cima de um calendário mais curto. Infelizmente temos de nos adaptar. Já conversamos com os médicos do clube e com Inaldo Freire (fisiologista) sobre esse início de pré-temporada. Seremos práticos nas avaliações físicas e médicas para que possamos começar o quanto antes o nosso trabalho e deixar os atletas aptos para jogar a Taça Ariano Suassuna, no dia 14”, contou Tacão.
Ainda segundo o preparador físico rubro-negro, após os jogadores passarem pela avaliações de percentual de gordura e cardiorrespiratória, eles serão separados em grupos para que realizem trabalhos específicos de acordo com as suas necessidades físicas. Porém, mesmo planejando um trabalho de forma otimizada, Tacão diz que é impossível deixar o grupo em plenas condições com apenas duas semanas de preparação. “Vamos ter de pular etapas. Por mais que a gente direcione o trabalho não vamos chegar com o percentual ideal na estreia do Pernambucano, mas vamos chegar em boas condições para estrear. Durante a competição vamos trabalhar para deixar os atletas na melhor condição possível e aptos na parte física”, explicou.
Um dos fatores que deve facilitar e muito o trabalho de todo o departamento físico leonino é o fato de o Sport ter menos jogos em 2018. “Nesse ano, o calendário interferiu um pouco porque disputamos cinco campeonatos e pesou ainda mais por conta das longas viagens. Na próxima temporada só teremos três competições. O tempo será maior para trabalhar e colocar o grupo na melhor condição de jogo para conquistarmos os objetivos do Sport”.
