Único dirigente de futebol no Brasil a manifestar apoio público ao presidente da Confederação Pernambucana de Futebol, Marco Polo Del Nero, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, disse que o afastamento do mandatário do futebol brasileiro foi precipitado e exagerado. O dirigente foi suspenso de suas atividades pela Fifa por 90 dias, investigado de corrupção e desvio de dinheiro. Ele é acusado de receber US$ 6,5 milhões de forma ilegal.
"Você vive num estado de direito com direito à ampla defesa. É preciso que o estado prove sua culpa para que você seja punido. "Qual é a prova material que existe contra Del Nero? É uma folha de agenda com anotações", questionou Evandro, em entrevista à Rádio Jornal.
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Para ele, mesmo com um delator forte como José Maria Marin, antecessor de Del Nero na CBF, a responsabilidade do dirigente não pode ser provada, pois a delação é um indicativo para que as provas materiais sejam buscadas.
"Se temos um delator, dois, três ou 40 ou quanto houverem melhor para a autoridade que preside a investigação. Seria mais fácil localizar o dinheiro e não existe crime de corrupção sem dinheiro", pontuou.
Ele questionou até o que colocou como clima do politicamente incorreto. Pois depois dessas delações acredita que Del Nero esteja irreversivelmente condenado. "E alguém só pode ser condenado após ter provada sua culpa".