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Em artigo, Alírio Moraes diz que renovação do Santa Cruz seguirá mais rápida com Constantino Jr.

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 13/12/2017 às 17:45
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Foto: Diego Nigro/JC Imagem

Muitas vozes, uma só direção*

Por Alírio Moraes**

Encerrou ontem a primeira etapa do desafio mais importante e difícil da minha vida. Um desafio que mudou meus dias, alterou a rotina de toda a minha família, me colocou diante dos extremos da paixão em três anos de esforço, dedicação e aprendizado.

Foram muitas as lições nesses três anos. Todas elas, porém, talvez estejam contidas numa lição maior, que precisou ser vivida para que eu a pudesse compreendê-la e internalizá-la como verdade: a história não dá saltos, as coisas não mudam apenas pela força da vontade de quem deseja a mudança.

A transformação de qualquer realidade é um processo, muitas vezes tortuoso, com avanços e recuos, quase nunca é uma marcha inexorável para a frente. E o mais importante: transformação exige muitas mãos. Não se muda nada sem a força coletiva.

A torcida coral não deve duvidar: a renovação do Santa Cruz prosseguirá de forma ainda mais veloz com Constantino Júnior, este irmão caçula que a vida tardiamente me ofertou. Contudo, esses ventos da renovação só chegaram ao clube porque, durante três anos, foram soprados com insistência por um grupo de apaixonados que, pela primeira vez, tiveram a oportunidade de viver o cotidiano do clube.

Nossos acertos e nossos erros aconteceram às claras.

Os muitos acertos foram compartilhados por todos que fizeram parte de nossa gestão. Da mesma forma, jamais ocultamos ou negamos nossos equívocos. E estes também foram coletivos, divididos e assumidos por muitos. Durante três anos, tanto as vitórias quanto as derrotas tiveram muitos pais e muitas mães.

Sim, mães. Porque nunca as mulheres estiveram tão presentes na vida do Santa Cruz. E aquelas que não estavam decidindo ou ajudando a tomar decisões, seja na área financeira, comercial ou administrativa, foram ouvidas, discutiram e reivindicaram.

A presença feminina foi marcante, mas não única. O nosso esforço – ainda insuficiente, mas inegável – pela institucionalização do clube se deu simultaneamente à abertura de espaços de diálogo.

Fomos além das redes sociais. Torcedores, sócios e conselheiros olharam nos olhos dos dirigentes. E foram vistos, olhados, termos usados aqui no sentido de “reconhecidos’. Isso se tornou uma prática tão rotineira, que será impossível contê-la ou esquecê-la.

Constantino Júnior sabe disso, tanto que não se cansa de repetir: “Vamos abrir ainda mais o clube”. Não duvidemos: mais do que qualquer outra pessoa, ele tem ciência que não se muda nada sozinho, que são necessários mais do que 11 homens para vencer uma partida. Seu desafio, porém, irá além do futebol: Tininho terá de conduzir o diálogo para o caminho da gestão integrada, numa direção única, mesmo que sejam várias as vozes.

Ele está pronto para isso. E não estará sozinho.

* O artigo não reflete a opinião do Blog do Torcedor

** Alírio Moraes é ex-presidente-executivo do Santa Cruz e atual presidente do Conselho Deliberativo

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