Não é de hoje que o choque de gerações cria polêmica. Na música, cinema, teatro... No mundo corporativo. No futebol, mais ainda. Especialmente no comando dos times. Com a inevitável comparação entre técnico antigo e iniciante. Para os exagerados, o duelo novo x velho, ultrapassado contra inexperiente. Como se não houvesse meio termo. Ou como se o resultado das equipes ficassem restrito ao trabalho do treinador.
Defensores de uma ou outra linha têm exemplos de sobra. O Corinthians foi campeão com o novato Carile. Jair Ventura levou o Botafogo à Libertadores. E Zé Ricardo está mostrando seu potencial no Vasco. Esquecendo que vários técnicos jovens tiveram desempenhos ruins. Micale, Daniel Paulista, Roger e dezenas de outros de menor expressão.
Assim como veteranos brilham ou se apagam nos mais diversos clubes. Esquecido, Carpegiani catapultou o Bahia. Luxemburgo ressuscitou o Sport, antes de perder o grupo. E Abel salvou o Fluminense de queda. Bem como Levir Culpi foi mal no Santos e Marcelo Oliveira fez trabalho abaixo do esperado no Coritiba.
Porque não são mágicos. Dependem de elencos, de bons gestores, de administração, potencial financeiro. E de sequência. Não de rótulos.