Falta muito pouco para o Náutico ser rebaixado. A derrota para o Londrina por 2x1 na Arena de Pernambuco ainda mantém o time na luta contra o rebaixamento para a Série C porque não terminou o jogo entre Guarani e CRB, em Campinas. Se o time da casa pontuar confirma a queda dos alvirrubros. No jogo deste sábado (11), que pouca coisa valia, o Náutico sintetizou bem o que foi o time no segundo turno da Série B: muito esforço e dedicação, mas que esbarraram numa limitação técnica e desorganização como um conjunto dadas as intensas trocas de técnico e jogadores durante a temporada.
O RETRATO
Aos 22 minutos, o meia Rafinha entrou na área com a bola dominada, senhor da situação. Na corrida com a bola tocou de leve com o pé esquerdo na bola, o suficiente para, na hora do chute, acertar com o lado externo do pé direito e mandá-la completamente torta. Algo que sintetiza toda dificuldade que os alvirrubros tiveram na competição.
A derrota do @nauticope para o @LondrinaEC na visão do torcedor alvirrubro. pic.twitter.com/rloPQiiRLG
— Jornal do Commercio (@jc_pe) 11 de novembro de 2017
DEVAGAR
O ritmo de fim de festa ditou a velocidade do jogo. Como se atuassem em câmera lenta, Náutico e Londrina trocaram muitos passes e criaram muitas situações de finalização também por conta da marcação devagar quase parando. E mesmo com a porta escancarada para o rebaixamento foi o Náutico quem começou levando mais perigo, apesar de quatro alterações. William teve o gol à disposição aos oito minutos. Mas chutou fraco e na direção do goleiro.
ESPETÁCULO
O que chamou a atenção na partida foram as constantes explosões de fúria do técnico Roberto Fernades. Gesticulava veementemente, gritava com quem estava no campo e até com os atletas do banco de reservas, reclamando do excesso de passes da equipe. Os suplentes apenas olhavam atônitos tanto desespero para um objetivo tão distante.
O CASTIGO
O Londrina, que fez fama nesta Série B pelo jogo de contra-ataque teve chance de fazê-lo em várias oportunidades, haja vista os erros e passe do Náutico quando os volantes chegavam perto da área. Mas a transição lenta facilitava a defesa do time alvirrubro. Mas no fim do primeiro tempo, os zagueiros Aislan e Rafael Ribeiro marcaram mais longe e foi fatal. Artur acionou Carlos Henrique dentro da área. Rafael evito o bote e o jogador do Londrina teve espaço para chutar no canto alto direito e fazer 1x0 aos 42 minutos.
DE HERÓI A VILÃO
O Timbu voltou para o segundo tempo com Bruno Mota e Gerônimo nos lugares de Cal Rodrigues e William, respectivamente. Mas quem fez a diferença foi quem já estava em campo. Logo aos cinco minutos, Aislan bateu uma falta com uma categoria ainda não vista na competição e empatou o jogo ao acertar o canto direito de Cesar. No fim do jogo ele conheceu o outro lado da moeda ao fazer um pênalti desnecessário em Artur aos 45 minutos. Germano bateu no canto e fez 2x1.
TORCEDOR ILUSTRE
Vendido ao Braga de Portugal, o atacante Erick veio ao Brasil resolver assuntos particulares e aproveitou para dar uma força aos ex-companheiros. Foi ao jogo e os poucos torcedores alvirrubros nas cadeiras assediaram bastante o jogador para tirar fotos.
Ficha do jogo - Náutico x Londrina
Náutico
Jefferson; David, Rafael Ribeiro, Aislan e Manoel; Amaral, Cal Rodrigues (Bruno Mota), Renan Paulino e Rafinha; Dico (Leílson) e William (Gerônimo). Técnico: Roberto Fernandes.
Londrina
César; Lucas Ramon, Dirceu, Edson Silva e Ayrton; Germano, Bidía (Ítalo), Jardel (Safira) e Negueba; Artur e Carlos Henrique (Marcinho). Técnico: Claudio Tencati.
Local: Arena de Pernambuco, em São Lourenço da Mata. Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima (RS). Assistentes: Lúcio Beiersdorf Flor e Leirson Peng Martins (ambos do RS). Gols: Carlos Henrique, aos 42 do primeiro; Aislan, aos cinco; Germano, aos 46 do segundo. Cartões amarelos: Rafinha e Ayrton.