Após mais uma derrota no Campeonato Brasileiro da Série B, jogadores e comissão técnica do Santa Cruz saíram de campo cabisbaixos. Não era para menos, afinal a queda para a Série C se concretizou. Há pouco mais de dois meses de volta ao time e sem conseguir extrair o resultado que queria, o técnico Marcelo Martelotte relatou a frustração, mas também ressaltou que assumir a Cobra Coral não se tratou de dinheiro.
Quando chegou ao clube, o treinador pegou o Tricolor na zona de rebaixamento e até saiu de lá momentaneamente. Martelotte foi chamado de louco por ter aceitado. "Falaram 'por que você está indo, tem uma história vencedora, subiu time, colocou na primeira divisão, é campeão pernambucano, o que vai fazer?' Muita gente não entendeu, perguntou a respeito disso. Minha resposta sempre foi a mesma. 'Estou indo para fazer o que posso para tirar o Santa'. Não é por dinheiro, porque por dinheiro não viria para o Santa Cruz", destacou.
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O técnico seguiu sua explicação, ressaltando que claro que há questões financeiras, afinal ele é um profissional. Mas sua esperança era em fazer um bom trabalho. No fim, sobrou a decepção por não alcançar o resultado desejado. O que fica, para além do fim da temporada 2017, é o bom relacionamento que conquistou com o grupo de jogadores que assumiu.
"Estou realizado por um lado, de conseguir tirar o que eu achava difícil dos jogadores nos momentos difíceis que eles passaram no campeonato. A frustração é enorme de não conseguir tirar o clube dessa, mas o outro lado, o aspecto positivo, de relação criada com jogadores profissionais", concluiu Marcelo Martelotte.
