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Grafite lembra das palavras de Givanildo e Martelotte sobre dificuldades no Santa Cruz

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 10/11/2017 às 8:02
Foto: Tiago Morais/ Blog do Torcedor
Foto: Tiago Morais/ Blog do Torcedor

O trailer de um filme trágico já está passando no Arruda. E quem apresentou essa película foi ninguém menos que a maior referência do Santa Cruz dentro de campo nos últimos anos, o atacante Grafite. Embora não estivesse no clube há dez anos, o jogador ouviu de algumas pessoas que a situação atual já é pior do que aquela que derrubou o clube para a terceira divisão pela primeira vez em sua história. Uma crise financeira aparentemente sem solução minou as forças do elenco durante a Série B de 2007. O Santa despencou do terceiro lugar na segunda rodada para cair em 18º, com 42 pontos.

Grafite lembrou até das palavras dos dois últimos técnicos que teve no Tricolor nesta Série B, ambos ex-jogadores de bastante sucesso no clube. "Lembro quando Martelotte chegou e falou, o Givanildo também tinha falado que quando eles jogaram o Santa Cruz já era assim: tinha que treinar no Arruda porque não tinha outro campo para treinar, tinha problema salarial. Mas desta vez a situação está muito delicada. O momento é muito difícil e o que ouço é que em 2006 e 2007 quando caiu não estava tão endividado", disse.

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O atacante confessou estar triste pelo clube está nesta situação mesmo com tanta tradição no futebol nacional. Lembrou do ano passado quando o clube voltou a disputar uma primeira divisão nacional depois de dez anos e não conseguiu se firmar. "No ano passado o Santa teve uma chance única de subir de patamar no futebol brasileir e não conseguiu dar esse passo para se agigantar e ter uma força maior no cenário brasileiro", pontuou.

Com a proximidade de eleições, o jogador espera que novos dirigentes venham ideias inovadoras e condições de reerguer o Tricolor porque, para ele, a continuação daquele filme dez anos depois pode levar o clube a uma condição que se torne mais difícil de ser revertida uma segunda vez. "Voltar de uma Série D para a Ca uma vez pode ser fácil, mas duas, três é difícil. Espero que o clube tenha força".

CRISE DE 2007

Há dez anos, quando o Tricolor encaminhava sua queda para a Série C, a crise financeira já estava instaurada no Arruda ao ponto de não apenas o clube atrasar salários, mas ter dificuldade de pagar a conta de energia. A dificuldade em manter tudo em dia fez com que o clube passasse quase dois anos funcionando com geradores.

Em campo, o então presidente Édson Nogueira denunciava, no mês de novembro, um suposto esquema de suborno de arbitragens na Série B que nunca foi confirmado por ninguém. O Remo, que terminaria caindo com os corais, também engrossava o coro do esquema. No início daquele mês, a FPF enviou uma carta à CBF em que lista jogos em que arbitragens teriam prejudicado os times de Pernambuco.

No campo, o time começou sua derrocada a partir da 27ª rodada quando venceu o Ituano por 2x0 fora de casa. Nos 11 jogos restantes somou apenas quatro pontos. E por incrível que pareça era um panorama mais otimista que o atual. Ao fim da rodada 34, o Tricolor abria a zona de rebaixamento (17º) com 41 pontos, oito a mais do que hoje. O primeiro time fora do Z4 era o Santo André, com 42, apenas dois pontos acima do Luverdense, o primeiro time fora da degola.

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