O atacante Neymar foi multado em R$ 3,8 milhões por, no entender do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, agir de má fé na tentativa de atrasar decisões judiciais no processo em que a Receita Federal cobra impostos de pessoa física entre os anos de 2011 e 2013. O jogador também é acusado de usar as empresas da família para pagar menos obrigações.
A respeito desse mesmo processo, a Justiça já havia bloqueado R$ 192,7 milhões em bens da família do jogador há dois anos para garantir o pagamento das dívidas com a Receita. A multa aplicada nesta terça-feira (18) corresponde a 2% do valor bloqueado. Ela também atinge o pai do atleta, Neymar e três empresas que administram a carreira do camisa 10 do Paris Saint-Germain.
O desembargador Carlos Muta, que decidiu pela punição, alegou que a atitude de Neymar durante o processo "caracteriza litigância de má-fé e ato atentatório à dignidade da Justiça" e que o jogador tentou obstruir a sequência do processamento.
A Receita Federal interpretou que algumas empresas foram criadas apenas para que o jogador recebesse parte de seus salários e direitos de imagem para evitar a taxação máxima feita à pessoa física, que é de 27,5%. Essa 'mordida' do Leão é maior do que os índices cobrados às pessoas jurídicas, que varia de 15% a 25%.
