Por Filipe Farias, do Jornal do Commercio - A Série B do Campeonato Brasileiro está se afunilando e a situação de Santa Cruz e Náutico é desesperadora. Restando apenas oito rodadas para o término da competição, as equipes pernambucanas estão cada vez mais distantes do número mágico de 45 pontos - pontuação que atualmente garantiria a permanência na Segunda Divisão. O Timbu, no Z-4 desde a 2ª rodada, está na 19ª colocação, com 27 pontos, e precisa vencer seis dos oito jogos restantes. Já o Tricolor (18º, com 30), não ganha há seis partidas e está há quatro rodadas no pelotão de trás. Para atingir o objetivo matemático evitar a queda, necessita de cinco vitórias.
Porém, essa pontuação necessária para escapar do descenso pode mudar</DC>. No ano passado, por exemplo, a equipe do Oeste se livrou com 41, graças à vitória na última rodada em cima do próprio Náutico. Em compensação, em 2007, no segundo ano da Segundona com a fórmula de pontos corridos, o Ceará terminou na 16ª posição com incríveis 50 pontos.
Apesar de o campeonato estar na reta final, Marcelo Martelotte garante que não está utilizando a calculadora para planejar os últimos duelos corais. “Eu não faço essas contas redondas de vencer todas em casa e buscar empates fora. Trabalhamos muito no jogo a jogo, não na matemática de ganhar quatro no Arruda e pensar que não podemos buscar pontos longe de casa. Vamos lutar sempre por vitórias, dentro ou fora. É deixar para trás o que passou e trabalhar para vencer o próximo jogo. Fica mais fácil pensar assim”, disse o treinador coral.
Olhando friamente a tabela, do Goiás (10º, com 38 pontos) para baixo, todos estão na mesma luta de evitar a queda para a Terceira Divisão. Ciente desse alto número de concorrentes, o técnico Roberto Fernandes sabe que não pode desperdiçar pontos nesse momento da competição, pois, no final, podem fazer falta. “Qualquer ponto que a gente deixa de ganhar faz falta. Se tivéssemos somado os três pontos (contra o CRB) seria fundamental. O nosso próximo jogo é em casa (ABC), enquanto que os nossos adversários diretos jogam fora. Essa diferença poderia cair para quatro e ainda restando sete jogos pela frente. Mas não aconteceu. Agora é manter a nossa campanha em casa e buscar pontuar fora para termos chances reais de sair do Z-4”, comentou Roberto.
De 2006 pra cá, apenas sete times que estavam na Z-4 na 30ª rodada conseguiram se recuperar a tempo e escapar do rebaixamento, o que mostra que a tarefa de Santa e Náutico é bastante complicada.
