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[Opinião] Comissão técnica da seleção faz tudo certo. E o torcedor brasileiro tem que aprender a confiar nisso

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 11/10/2017 às 7:31
Foto: AFP.
Foto: AFP.

As crises na seleção brasileira nas caminhadas para as copas de 1994 e 2002 - e as críticas que o time que foi à Copa de 1970 sofreu antes da competição - criaram um mito de que o futebol brasileiro só ganha a taça no meio da confusão. Quando tudo deu certo no período entre mundiais, vide os exemplos de 2006 e 2010, as fragorosas eliminações reforçaram ainda mais essa marca. É uma versão sempre renovada do complexo de vira-latas apontado por Nelson Rodrigues há mais de 60 anos. Pois já passou da hora de o torcedor entender que o melhor caminho para vencer a copa é que está sendo feito hoje: planejamento, meritocracia, ciência e trabalho. E, principalmente, acabar com o vício de colocar a derrota como unidade de medida de um modelo de trabalho.

A derrota faz parte do jogo. E, sejamos bem sinceros: o Brasil tem um time altamente qualificado e um treinador inteligente. Da mesma forma que também têm França, Alemanha e Espanha, por exemplo. Não vamos chegar à Rússia enfrentar amadores. São muitos dos melhores jogadores de futebol do mundo, que também trabalham, planejam e procuram fazer as coisas de forma correta para ter o mesmo resultado que os brasileiros perseguem.

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Copa do Mundo é muito, muito difícil. Pela qualidade de boa parte de seus participantes e fórmula de disputa. Para vencê-la é preciso não apenas errar pouco ou quase nada, mas principalmente saber a hora de errar. Só para ficarmos em exemplos fáceis de ser lembrados: a Espanha perdeu o primeiro jogo na Copa 2010. Houve tempo para recuperar e chegar ao título. A Alemanha empatou com Gana também na fase de classificação em 2014. Errar mais à frente é fatal. São 90, no máximo 120 minutos para se decidir com bola rolando.

O que o Brasil fez a partir do momento em que a comissão técnica de Tite passou a dar as cartas é digno de aplauso, confiança e, principalmente que seja replicado mais adiante, seja com taça na mão ou não. O grupo de trabalho do treinador é um sopro de inspiração e organização dentro de uma CBF, que ainda vive sob a sombra da corrupção - o presidente Marco Polo Del Nero não pode sair do País sob risco de prisão. Tomemos como exemplo a logística armada para o jogo com a Bolívia, na semana passada. Tão bem estudada que os jogadores davam piques de 30 metros aos 40 minutos do segundo tempo, algo pouco provável quando se joga a 3.600 metros de altitude. Isso fora o bombardeio à meta boliviana, que não se transformou em goleada - a partida terminaria num injusto 0x0 - por meros detalhes e uma atuação épica do goleiro Lampe.

Tudo funcionando tão redondamente deve ser motivo de confiança e não preocupação. Dizem que a bola não entra por acaso e o Brasil de Tite está provando isso. As variáveis que podem estar sob controle da comissão técnica estão controladas. E isso é o mais importante.

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