A insatisfação de algumas jogadoras da seleção brasileira de futebol feminino com a Confederação Brasileira ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira. Por meio de carta aberta, nomes como Formiga, Cristiane, Fran e Sissi protestaram contra a desigualdade de gênero na CBF. No documento, feito em inglês, as atletas questionaram vários aspectos da entidade máxima do nosso futebol, como por exemplo, a falta de representação de mulheres nos conselhos da CBF.
O protesto é só mais um dentro tantos outros que algumas jogadoras fazem após a demissão de Emily Lima do cargo de técnica da seleção brasileira. A treinador era preferida entre as atletas, que chegaram até a pedir a continuidade da profissional. Vadão foi o substituto.
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Na carta, o tratamento para as mulheres é tratado como péssimo pela CBF e a tentativa do órgão de desenvolver o futebol feminino é avaliada como fracasso. Confira abaixo um dos trechos:
Nós convidamos a CBF a trazer reformas de igualdade de gênero para o Brasil. No ano passado, a FIFA fez grandes reformas, como a inclusão obrigatória de mulheres em seu próprio Conselho, e a adição de mulheres em todos os níveis de administração do futebol. Membros como a CBF são obrigados a levar em conta a importância da igualdade de gênero na composição de seus órgãos legislativos.
A CBF ainda não tem nenhuma mulher no seu conselho de administração. Não há quase nenhuma mulher na sua assembleia legislativa e administração senior. Não há nenhum caminho relevante para ex-jogadoras entrarem na CBF e ajudarem a gerir o próprio jogo delas.
Desde que Emily Lima foi demitida, jogadoras anunciaram a aposentadoria da seleção. Cinco foram as que anunciaram a saída do Brasil: Maurine, Cristiane, Fran, Rosana e Andreia.
O torcedor pode ler a carta completa das atletas (em inglês) neste link.