Com a volta de William, o Náutico ganha um tipo de liderança que o técnico Roberto Fernandes não via nos jogadores que estavam disponíveis até então. Ele sentia falta de um jogador que tivesse a iniciativa de identificar mas também corrigir erros que normalmente acontecem numa equipe. O jogador entende que pode ajudar mas não se coloca como dono da verdade. Quer ser cobrado, inclusive pelos mais jovens.
Para ele, é com ações propositivas e cobrança mútua que uma equipe se torna vencedora. "Procuro orientar bastante, tanto jogando ou fora de campo. E gosto que chamem minha atenção também. Não sou dono da razão. Muitas vezes estou errado e só assim se constrói uma mentalidade vencedora", ressaltou.
Leia mais:
> Pernambucano terá quartas e semifinais em jogos únicos
> Com William, Roberto Fernandes esboça Náutico para enfrentar Goiás
> Náutico perde Rafael Oliveira no resto da temporada. Vinícius também não deve voltar
Ele também concorda com Roberto de que é preciso ter em campo um jogador com esse tipo de característica. É uma maneira de ajudar os companheiros e, principalmente, diminuir a carga de informação na cabeça do treinador.
"Quanto mais cabeças pensantes, melhor, ajuda mais e as coisas chegam mais mastigadas para o técnico. Imagina se chega tudo para ele corrigir o tempo todo como não vai ficar a cabeça dele, além das coisas que já tem que trabalhar?"
Se ele será o escolhido para comandar o time no Serra Dourada ainda não está definido, mas a experiência de braçadeira já tem. Na Ponte Preta e no Avaí, por exemplo. "Isso é algo que se conquista naturalmente. A liderança está dentro de casda um, basta colocar para fora", lembrou.