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Levante das jogadoras da seleção é importante para maior valorização do futebol feminino

Thiago Wagner
Thiago Wagner
Publicado em 28/09/2017 às 16:15
Cristiane abriu mão da seleção após saída de Emily Lima, em setembro. Foto: Fernanda Coimbra/CBF
Cristiane abriu mão da seleção após saída de Emily Lima, em setembro. Foto: Fernanda Coimbra/CBF

A troca de Emily Lima por Vadão pelo visto não será aceita em silêncio pelas jogadoras da seleção de futebol feminino. Com menos de uma semana do anúncio, três atletas, entre elas a atacante Cristiane, já manifestaram rejeição à decisão e abriram mão da representar o País. O levante pode parecer isolado ou birra de uma atleta, mas é muito importante para que haja um debate sobre igualdade entre as seleções masculina e feminina.

Por que entre os homens temos um dos maiores treinadores do mundo, Tite, e na feminina apenas um profissional que estava na segunda divisão do futebol masculino, por exemplo? Por que não um profissional que já trabalha com o futebol feminino? E olhe que esses são apenas duas questões entre muitas a serem debatidas. Por isso, chegou a hora das próprias jogadoras mostrarem sua insatisfação e pressionarem a Confederação Brasileira de Futebol. É preciso um basta em tantas diferenças e uma equiparação entre as seleções.

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Mais importante ainda que esse debate venha de jogadoras como Cristiane, que tem uma rica história na seleção e que, na teoria, não depende mais de ser convocada para aparecer na carreira. Pelo ícone que representa ao futebol feminino, o protesto de Cristiane tem um peso maior. Tanto que ela ganhou apoio inclusive de companheiras estrangeiras.

É de se lamentar que uma entidade milionária como a CBF trate ainda o futebol feminino como se ele tivesse sido criado ontem ou como se o órgão não tivesse dinheiro para investir na modalidade, para pagar um técnico de ponta, por exemplo. Ou alguém realmente acha que Vadão comandaria a seleção masculina?

Torcer para que tal protesto não seja pontual. Que ele provoque realmente várias reflexões sobre o tratamento da seleção feminina em termos de prioridades e planejamento. Senão vamos continuar sem vencer Copas do Mundo ou Olimpíadas. Se entre os homens somos favoritos novamente graças a Tite, no feminino demos um passo para trás com o retorno de Vadão. Nada contra ele, mas não é o nome ideal para o maior time feminino do País.

Só esperar o posicionamento de Marta com relação a isso. Por ser quem é, ela tem obrigação de se posicionar, seja para a favor ou contra. Esperar que seja para o bem do futebol feminino.

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