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Opinião: estopim do descontrole do Sport partiu do próprio técnico

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 25/09/2017 às 23:33
Foto: Guga Matos/ JC Imagem
Foto: Guga Matos/ JC Imagem

Parece que faz tampo mas foi neste mesmo mês que o técnico do Sport, Vanderlei Luxemburgo, bateu forte nos jogadores do Sport. Mais precisamente no dia 2 de setembro após a goleada por 5x0 sofrida para o Grêmio. "A diretoria que tome a decisão que desejar. Estou decidido que comigo não vai mais jogar por nome. Está decidido", disparou na coletiva. O clima azedou no vestiário a tal ponto de que, uma semana, depois, após nova derrota, desta vez por 1x0 para o Avaí, o comandante reconheceu o clima ruim, mas sem apontar o estopim do ambiente - no caso, ele mesmo.

Nesta segunda, pouco mais de 20 dias depois, o treinador retrucou uma pergunta do repórter da TV Jornal, Fábio Mendes, durante a coletiva de que o questionamento queria induzí-lo a culpar o meia Diego Souza pela derrota. "Jamais vou fazer isso publicamente".

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Todas as declarações posteriores ao jogo em Porto Alegre tiveram como objetivo aliviar a barra, uma prova mais do que clara que Luxemburgo admitiu, implicitamente, que exagerou na dose. É óbvio que um treinador não deve apontar o dedo de forma tão dura para seus jogadores em público. A consequência é sempre aquela: perseguição, muro pichado na sede do clube e ataques em redes sociais, mas agir como se não houvesse memória já não cabe mais.

O fato é que desde então o descontrole tomou conta no Sport. O técnico precisou frear seu ímpeto de cobranças que todo mundo conhece há anos. Os jogadores se ressentiram duplamente: pela crítica e os resultados negativos que levou a torcida a poupar apenas o goleiro Magrão e o zagueiro Durval. A diretoria silenciou. O destempero de Diego Souza tem origem em tudo isso, mesmo caso de Patrick contra o Flamengo. A ansiedade de André para marcar um gol também.

A 'cereja no bolo' foi a atitude de Ronaldo Alves ao receber uma bola da cobrança de escanteio. Ao invés de cruzar na área mandou-a para as arquibancadas. Na saída de campo confirmou que pensou em abandonar o jogo, algo impensável para um atleta profissional. E cria-se agora, o dilema: cobrar ou deixar como está?

Disposição não faltou ao time, mas controle emocional é vital em qualquer esfera da vida, triplique isso quando se fala num esporte que desperta tantas paixões como o futebol. E sem controle é bem difícil se chegar a bons resultados.

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