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Discurso diferente de atitudes só mostram o mau gerenciamento de carreira de Eduardo Baptista

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 20/09/2017 às 17:56
Crédito:  Marco Oliveira / site oficial
Crédito: Marco Oliveira / site oficial

Por Wladmir Paulino

@Wladmir_Paulino

Por mais que a passagem anterior tenha sido positiva, o anúncio de Eduardo Baptista como novo técnico da Ponte Preta causou supresa. Não por parte do clube, mas do próprio treinador, que contraria uma afirmação sua na semana passada durante entrevista na ESPN. Só mostra o quanto o ex-técnico do Sport gerenciou mal sua carreira depois de chamar a atenção com os títulos do Estadual e da Copa do Nordeste poucos meses após estrear na nova função em 2014.

No dia 12 de setembro, Eduardo confirmou um contato da Chapecoense, que havia demitido Vinícius Eutrópio. "Optei por não trabalhar. Tenho um plano traçado e não posso sair disso, tive até outros contatos. Como plano de carreira tenho a oportunidade de ir para fora, coisa que nunca consegui. Vou assistir jogos da Champions, acompanhar treinadores que a gente observa de longe e essa oportunidade não quero perder", disse.

Não é a primeira vez que ele toma decisões de forma intempestiva que podem não abreviar sua carreira, mas arranhar a imagem de um técnico promissor e com bons conceitos de futebol. Olhando para trás, isso começou aqui mesmo na Ilha do Retiro. O Sport viajara para o Rio de Janeiro, onde enfrentaria o Vasco pelo Brasileirão de 2015. Dois dias antes do jogo, Eduardo deixou o hotel e fechou com o Fluminense sem avisar aos então presidente (Humberto Martorelli) e vice de futebol (Arnaldo Barros).

Ficou nas Laranjeiras até o fim de fevereiro. Em maio assumiu a Ponte, onde ficou até o fim da competição, levando a Macaca campineira até o oitavo lugar. O sucesso chamou a atenção do Palmeiras, que havia conquistado o Brasileirão mas o técnico Cuca já havia confirmado que não seguiria para 2017. O elenco milionário do Verdão teve o comando de Eduardo, que conseguiu sobreviver à eliminação no Campeonato Paulista, mas as atuações irregulares da equipe na Libertadores foram demais. No dia 4 de maio ele foi demitido.

Apenas 19 dias depois aceitou a oferta do Atlético-PR. Só durou 13 jogos com cinco vitórias, cinco derrotas e e três empates. O presidente do conselho do CAP, Mário Celso Petraglia alegou falta de sintonia entre o técnico e a filosofia de trabalho do clube.

Com atitudes incoerentes com o discurso e a troca constante, Eduardo corre o risco de entrar num processo de reinício de carreira a todo momento: faz um bom trabalho, aceita um convite para algo mais vantajoso - financeira e profissionalmente falando - mas por ainda não ter uma 'grife' fica sujeito ao humor errático de torcedores e dirigentes, que sacrificam técnicos a cada três derrotas. A Ponte é mais uma oportunidade de recomeçar. E que desta vez ele tenha a tranquilidade para ser menos coração e mais razão ao tomar decisões.

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