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Neymar é símbolo maior de geração de jogadores mimados

Thiago Wagner
Thiago Wagner
Publicado em 19/09/2017 às 6:34
Foto: AFP
Foto: AFP

Pedir que jogador de futebol, um ser que normalmente vive em uma bolha distante da nossa realidade, tenha atitudes parecidas com as nossas em momentos de pressão, decisões ou frustrações é pedir demais, é verdade. Mas até isso tem limites às vezes. Ver nomes como Neymar e Cavani, atletas consagrados e que sem dúvidas venceram na carreira, brigando por um pênalti do Francesão, campeonato nivelado por baixo com um time que está anos luz na frente (justamente o PSG), é demais. Só demonstra o quanto nossa geração de jogadores é mimada. E nesse aspecto Neymar é rei.

Pois façamos o raciocínio: o que Neymar ganha ao bater um pênalti contra o Lyon? Uma manchete de jornal talvez, mas isso vai mudar sua vida em termos de desejo de ser melhor do mundo? Eu acho que não. Muito menos faz com que o brasileiro deixe de ser o dono do time, até porque nesse ponto não há dúvidas: o time é de Neymar e não de Cavani.

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O que Neymar queria na hora do pênalti era algo parecido com que o filho único deseja quando quer chamar a atenção dos pais dentro de casa. Queria enfatizar seu poder de exclusividade, relegando terceiros. E quando não atendido fez birra e se comportou como menino mimado que é, desaprovando algo que em teoria está longe de ser errado. Se Cavani bate os pênaltis do time porque isso tem que mudar do dia para a noite? Apenas porque Neymar, repito: o dono do time, quer? Injusto, não?

O que Neymar queria ali era um luxo, o segundo pedaço de um bolo de chocolate que todo mundo comeu um. Um péssimo exemplo coletivo e principalmente para as crianças que o tomam como ídolo. Todos querem ser Neymar e por isso mesmo ele deveria ser menos mimado, com maior consciência que não vence sozinho. Precisa de Cavani afiado nos pênaltis, dos passes de Daniel Alves e da segurança de Thiago Silva na zaga. Sem isso, pode tentar jogar sozinho como quiser que não dá resultado.

Pior do que isso é que Neymar é um mimado incoerente. Quando chegou ao PSG veio com discurso de que não queria ser protagonista e que o grupo era o melhor. Pelo visto não é bem sim. Melhor seria o brasileiro ter dado logo o chute na porta e ter dito que vinha para ser o cara e ponto final. Continuaria mimado, mas pelo menos seria sincero e coerente com seu desejo.

Mas Neymar não é único, infelizmente. Atualmente jogador de futebol virou bibelô de clube de futebol. Não pode contrariar nisso nem naquilo que o atleta faz cara feia e pede para sair. Aí o clube com medo de perder seu craque atende todos os desejos do jogador. Se esquece que ele é ser humano tanto quanto eu e você. Só que ao invés de tratá-lo assim, prefere-se tratar como bonequinho de luxo, mimando igual a Neymar. Aí basta surgir um motivo "Cavani" para essa bomba explodir e atrapalhar o clube, que atualmente é quase um refém da geração mimimi de jogadores.

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