A contratação do colombiano Reinaldo Rueda pelo Flamengo e a declaração de Jair Ventura, criticando a vinda de técnicos estrangeiros, fez voltar polêmica antiga no futebol brasileiro. Pelo protecionismo, pela reserva de mercado. Embora profissionais que vêm de fora tenham ajudado na antipatia, com maus resultados. Mas eles poderiam ajudar bastante, como nova filosofia de trabalho.
Não é por falta de conhecimento da profissão, ou de novas táticas, que os estrangeiros não têm obtido sucesso no País. Especialmente nas últimas décadas. Talvez pela dificuldade de entender o modus operandi do jogador nacional. Acostumado mais a motivadores, a gritadores.
Mais que querer entender o jogo, os atletas confiam mais nos técnicos boleiros. Nos paizões. Naqueles que gerem melhor o vestiário. E não necessariamente o time. Extracampo, o jogador brasileiro também é diferente. É mimado. Não lê, não gosta de rever partidas. Nem de acompanhar adversários. Não se preocupa com estatística além de gols ou assistências. É movido a pagode pré-jogo. E pós-jogo. Diferenças que atrapalham treinador com outra cultura. E que funcionam como barreiras.