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Opinião: Não é impondo medo que o Santa Cruz vai reagir na Série B

Thiago Wagner
Thiago Wagner
Publicado em 10/08/2017 às 17:59
Foto: Dênis Cavalcanti/Replay/TV Jornal
Foto: Dênis Cavalcanti/Replay/TV Jornal

Por Thiago Wagner, repórter do Blog do Torcedor - Não há dúvidas que o momento do Santa Cruz como um todo é delicado. E não falo apenas do que ocorre dentro de campo, onde o clube luta contra o rebaixamento na Série B do Campeonato Brasileiro. Falo também, e todo mundo sabe disso, dos problemas extracampo, há salários atrasados com funcionários e jogadores. É uma situação ruim e que exige insatisfação dos corais, normal. Mas não é impondo medo a jogadores e diretores que se resolve o problema. Não é assim que a equipe vai sair desse cenário.

Vejam, não estou discutindo o direito de insatisfação da torcida. Mas há limites para isso. Lugar de questionar jogador ou diretoria é nas arquibancadas, durante o jogo e de maneira pacífica. Existem inúmeras formas de se fazer isso sem a imposição do terror a pessoas que possuem família como eu e você, torcedor.

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Protestar em treino não ajuda em nada. Atrapalha preparação dos atletas e quando feito da maneira que ocorreu nesta quinta-feira no Arruda só traz ainda mais pressão para o time, que se sente intimidado. Não ficaria surpreso que alguns jogadores pedissem para deixar o clube com medo. É compreensível, afinal a pressão já é grande e a torcida só fez atrapalhar nesta tarde ao querer partir para violência com os atletas.

Pior ainda quando essa cultura do medo é espalhada para profissionais que não têm nada a ver com a situação do clube. Culpar a imprensa pelos atrasos e mau momento do clube nas redes sociais é uma coisa e já faz até parte da cultura do futebol, apesar de jornalista não perder gol ou pagar salário de jogador. O problema é quando os jornalistas também entram no bolo dos aterrorizados. Assim como jogadores e dirigentes também temos famílias e estamos apenas trabalhando. Imprensa não derruba time para Série C assim como também não sobe para Série A. Ela apenas veicula a informação.

Portanto uma enorme bola fora para o protesto desta quinta-feira no Arruda. Assustar jogador, dirigente ou jornalista não muda em nada o panorama do time. Ele continua na briga contra o rebaixamento e devendo salários. E se continuar a sofrer esse tipo de atitude danosa ao futebol poderá até piorar o seu cenário. Intimidação e terror também são atos de violência e isso não combina com futebol. Como dito, protesto é válido nas arquibancadas e de maneira pacífica, sem agressões físicas ou ameaças.

*  O autor do texto se solidariza com todos os jornalistas que sofreram com o terro desta quinta-feira. Torcemos para que todos estejam bem e que possam continuar veiculando suas notícias normalmente

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