Bastaram quatro rodadas para mudar o status do Santa Cruz de 'brigando pelo G4' para 'distanciar-se da zona de rebaixamento'. Quando venceu pela última vez, na 15ª rodada - bateu o Vila Nova por 1x0 na Arena de Pernambuco, o time de Givanildo Oliveira chegou aos 22 pontos. Em nono lugar, é verdade, mas embolado com um monte de gente a apenas dois pontos do então quarto colocado, o CRB. Para quem dividia a liderança com o Figueirense na segunda rodada, a queda foi vertiginosa.
Contra todos os prognósticos o Tricolor começou a competição vencendo. E fora de casa. Precisou de duas investidas para fazer 2x1 no Criciúma. A primeira partida em casa teve repetco do placar, só que diante do Guarani. As coisas começaram a degringolar quando a equipe foi envolvida pelo Londrina em pleno Arruda e perdeu por 3x1. No dia seguinte o técnico Vinícius Eutrópio foi demitido.
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Ao invés de definir que contraria um técnico, a diretoria coral resolveu fazer uma 'experiência' com Adriano Teixeira, o auxiliar. Muitos jogadores quiseram que ele assumisse definitivamente e a vitória no jogo seguinte, 3x1 no Ceará, foi a cereja no bolo. O Santa estava de volta ao G4. O empate com o Internacional no jogo seguinte, mesmo sendo em casa, não abalou a confiança, pois se tratava do time que esbanjava dinheiro e já era dado como favas contadas no grupo que vai para a Série A.
Mas o encanto ficou por ali mesmo. Na rodada seguinte, o time não conseguiu atacar o América Mineiro no Independência e perdeu por 1x0. Voltou para casa e não conseguiu superar o Figueirense, então vice-lanterna (1x1). Perdeu para o Oeste por 2x0. No dia seguinte, os dirigentes anunciaram a contratação de um velho conhecido: Givanildo Oliveira.
A estreia de Giva não poderia ter sido melhor: 3x0 no Brasil de Pelotas. Insuficiente para voltar ao G4, mas bom para manter-se perto, preparado para algum vacilo alheio. Empatar fora, ainda que com o Luverdense, foi considerado bom por trazer um ponto. Mas a distância para o grupo dos promovidos aumentou para cinco pontos. Outro empate não considerado de todo ruim veio com o eterno rival Náutico (0x0). A próxima vitória seria a última e já citada - por enquanto - sobre o Vila.
Desde então, o Tricolor entrou numa campanha de rebaixado, com uma vitória, um empate e três derrotas nos últimos cinco compromissos. Para se ter ideia, é um desempenho exatamente igual ao de Luverdense (17º) ABC (18º). Só quem fez mais feio nesse período foi o Guarani, com três derrotas e dois empates. Mas como o time de Campinas tinha muita gordura acumulada caiu apenas para o sexto lugar.
