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Vanderlei Luxemburgo diz que 'modernidades' no futebol brasileiro sempre existiram

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 26/07/2017 às 15:21
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

O técnico do Sport, Vanderlei Luxemburgo, usou sua página no Facebook para discorrer sobre o momento atual do futebol brasileiro. Ele resume um tema abordado em diversas entrevistas desde que assumiu o comando do Sport no dia 31 de maio. O pentacampeão brasileiro aborda algumas situações que sempre existiram no mundo da bola, mas que tomaram conta das comissões técnicas e parte da imprensa com ares de modernidade. Ele até toma as novas expressões - segundo eles, vindas da literatura de Portugal - e as compara com situações que sempre fizeram parte do jogo.

Vanderlei chega naessa teoria ao abordar a formação do jogador brasileiro. Para ele, o espaço tomado por estrangeiros de países sem tanta tradição não permite que garotos perto dos 20 anos não tenham tempo de amadurecer numa equipe. Embora afirme respeitar os estrangeiros - até porque conta três no time onde trabalha - ele questiona se isso é salutar."(...) hoje é comum ver muitos bolivianos, equatorianos, peruanos e venezuelanos. O que está acontecendo? É um problema das nossas categorias de base, onde temos poucos ex-jogadores treinando novos atletas?"

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A partir daí ele entra na seara do academicismo impregnado em entrevistas e debates, tanto na televisão quanto no rádio. Para Luxemburgo, a literatura de futebol vinda de Portugal sempre existiu na prática e, com novas expressões, ganharam aspecto de moderno. Ele compara a situação ao técnico (já falecido) Cláudio Coutinho, que trouxe expressões como overlapping (ultrassagem) e ponto futuro (lançamento no espaço vazio).

O técnico do Sport 'traduz' as seguintes expressões da moda: jogo apoiado (triangulações), marcação em linha alta (pressão no campo do adversário), espaço entre as linhas (time mal compactado), iniciação ofensiva (saída de bola) e transição defensiva (recomposição rápida).

A 'numerelogia' tática, segundo o treinador, é fruto de variações sempre feitas em cima do 4-4-2. "Em relação à parte tática, com a chegada do 4-4-2 em 1966, passamos a ter variações táticas sempre como base o 4-4-2 , podendo virar 4-3-3, 4-1-4-1, 4-2-3-1, e outras que o técnico achar interessante. Por isso que eu digo que o futebol não vai ser reinventado por ninguém."

Por isso ele conclui que não há reinvenção no futebol dentro do campo e ainda aponta que o Brasil sempre teve sua essência na hora de treinar os times e o hábito de trabalhos em campo reduzido com limitações de toques na bola só trazem prejuízo. Vejo treinamentos hoje todos voltados para minijogos, campo reduzido, com um, dois, três toques, onde você não usa a habilidade do jogador, de dominar, dar drible, sair de situações desconfortáveis... Essa mudança está trazendo um prejuízo muito grande ao nosso futebol."

Ele também lembra que situações como essa de se curvar ao que vem de fora - no caso específico de futebol, os estudos em Portugal - não foram seguidos por Alemanha, Itália, Inglaterra e Espanha. Vanderlei não cita, mas esses países conseguiram algum sucesso recente. A Alemanha é a atual campeã do mundo e venceu a Copa das Confederações com um time B. A Inglaterra acaba de ganhar o Mundial sub-20 e a Espanha constiuiu-se na maior força na virada da década passada para a atual. Há de se ressaltar também que Portugal é o atual campeão europeu.

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