O secretário de Turismo, Esporte e Lazer de Pernambuco, Felipe Carreras, reconheceu que alguns pontos no esquema de mobilidade adotado para o jogo Sport x Palmeiras, no domingo (23) precisam de alguns ajustes. Ele explicou que na ida dos torcedores para o jogo não recebeu relatos de problemas no BRT e Expresso Arena. A complicação aconteceu na saída, com pontos de engarrafamento. Uma reunião com todos os coordenadores de cada ponto será feita nesta terça-feira, para que os ajustes sejam planejados para o próximo jogo. Segundo ele, um dos itens a serem trabalhados é conscientizar o torcedor a abrir mão do automóvel particular e utilizar o transporte público.
Ele utilizou números que mostram que os outros modais tiveram um grau de utilização bem abaixo da capacidade. De acordo com Carreras, o metrô dispunha de 15.435 assentos do metrô e só 5.995 foram usados. No BRT eram mais de 2000 assentos e 900 utilizados. "Isso mostra que o torcedor tem a cultura de usar o carro particular. É um desafio nosso enquanto gestor. A partir do momento em que o cidadão confiar a gente vai melhorar gradativamente", disse em entrevista ao programa Fórum Esportivo, da Rádio Jornal.
"Os relatos que temos é que a ida funcionou muito bem e na volta tivemos alguns pontos de engarrafamento. Naquele horário de 18h30, 19h tem muita gente voltando de Gravatá e de cidades do Agreste. Um público dessa magnitude não tem como não ter retenção. Também estamos fazendo um trabalho de conscientização da torcida porque existe na nossa cultura o hábito de ir de carro particular. Isso só se resolve aos poucos", lembrou.
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Uma das alternativas para evitar os gargalos na saída dos jogos é incrementar a orientação e sinalização para rotas alternativas. De acordo com o secretário, existem caminhos pela UR-7 e Camaragibe, que podem desafogar a BR-232, a via principal.
"Precisamos melhorar a sinalização na saída do torcedor, colocar mais orientadores nos locais de BRT e no Expresso Arena. Isso será corrigido nos próximos jogos. Precisamos fazer mais campanhas porque existem uma série de rotas. Quem foi pela UR-7 e Camaragibe teve uma tranquilidade maior, gastando menos tempo", explicou.
Carreras apontou que os problemas podem acontecer porque no entender dele a Arena de Pernambuco é um equipamento em amadurecimento e que casos semelhantes também acontecem em outras pelo Brasil. "Todas as grandes arenas do Brasil estão passando por isso. É um processo de evolução", pontuou.
PROTOCOLO
O titular de Turismo, Esportes e Lazer também desfez a ideia de que o esquema de mobilidade foi pensado para atender apenas os torcedores do Sport. A explicação é que existe um protocolo firmado entre a Arena, A FPF, o Grande Recife Consórcio de Transporte e a Secretaria de Defesa Social que o sistema de transporte é reforçado a partir de uma expectativa de público. "A partir de 15 mil pessoas são ativados o BRT e o Expresso Arena. Tudo isso é modulado a partir da expectativa de público, não é privilégio de clube nenhum".
