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Nando driblou sua dificuldade de locomoção, foi pé quente e ganhou camisa dos jogadores do Sport

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 14/07/2017 às 21:51
Foto: Divulgação/Sport
Foto: Divulgação/Sport

Sabe o futebol? É muito mais que isso para Fernando Antônio  Souza Lima, de 53 anos. Ele só conseguiu entrar num estádio pela primeira vez no segundo tempo do jogo Sport x Chapecoense, na última quinta-feira (14). Naqueles quarenta e cinco minutos ele viu seu time marcar três gols e nem imaginava que, ao sair, deitado numa maca sobre uma bandeira do Leão, o ovacionado seria ele. Nando, como é chamado por amigos e parentes, teve complicações no parto e uma falta de oxigênio no cérebro provocou atrofia em seus músculos e o impediu de falar. Essa cena foi registrada e viralizou nas redes sociais chegando até ao meia Thomás. Ele prometeu uma camisa autografada por todo elenco e no início da noite desta sexta (14) cumpriu a promessa ao lado do volante Patrick. Levaram uma camisa personalizada e assinada por todos.

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Mesmo deitado, não perde nenhum jogo do Rubro-negro. O amor nasceu por influência da sobrinha, a jornalista Thaís Sánchez. Influenciada pelo padrinho, ainda menina, ela não largou mais as cores vermelha e preta e como era figura constante na casa dos avós - que criam o tio - o levou junto na paixão pelo clube. "Ele já ia ao cinema, mas jogo foi a primeira vez. Ele já ficava assistindo pela televisão até tarde". A decisão pelo futebol veio depois de vencidos os receios. "Era medo da quantidade de gente, da receptividade em lugares públicos, que nem sempre foi boa", lembra.

Foto: Arquivo Pessoal.

Mas na Arena de Pernambuco foi diferente. "O povo da Arena foi ótimo e do Sport também. Torcedores achando o máximo ele lá", diz Thaís. Ela completa que Nando já pediu para ir ao próximo jogo. Na visita, Thomás fez coro, inclusive 'convocando' o torcedor para acompanhar os jogadores nos compromissos fora de casa. "Ele deu sorte a gente contra a Chapecoense e agora tem que ir para todos os jogos...até os fora de casa".

No jogo, o irmão Luiz Gonzaga e a cuidadora Lucy o acompanharam. "Ele pega Nando e vai para lugares assim. Leva ele para passear de carro, que é adaptado. Uma vez conseguiu que Tio Nando conhecesse Zezé di Camargo e Luciano, que ele ama", disse a jornalista.

Foto: Anderson Freire/Sport Club do Recife.

Thomás e Patrick ficaram tocados com a paixão e força de Nando e fizeram coro com a afirmação lá em cima de que é mais que futebol. "É emocionante saber que a gente com o futebol, com a nossa profissão, pode levar tanta felicidade, tanta emoção aos torcedores e não tenho palavras para dizer o quão importante foi ter tido essa experiência de conhecer o Nando", disse Thomás, em entrevista ao site oficial do clube.

Já Patrick lembrou que enquanto Nando e sua família fazem tanto para ele ter momentos de felicidade como os de quinta-feira enquanto outras pessoas insistem em fazer do jogo de futebol um campo de batalha. "É emocionante saber que a gente com o futebol, com a nossa profissão, pode levar tanta felicidade, tanta emoção aos torcedores e não tenho palavras para dizer o quão importante foi ter tido essa experiência de conhecer o Nando", analisou.

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