A paixão, parcialidade e genialidade dos pernambucanos Nelson Rodrigues e Mário Filho turbinaram a grandeza do duelo entre Flamengo e Fluminense. Criadores do termo Fla-Flu, fizeram aumentar a atmosfera do confronto.
Consequentemente, dos demais clássicos pelo Brasil. Entre as célebres frases, a de que nem precisaria jogadores para ocorrer um jogo entre os arquirrivais. As camisas jogariam sozinhas. É mais ou menos o que deve ocorrer no embate entre rubro-negros e tricolores, esta tarde. Mas bem longe do Maracanã, cujo nome oficial homenageia o irmão mais velho dos jornalistas que adotaram o Rio de Janeiro. A batalha será entre os rivais recifenses. Na Ilha do Retiro.
Batalha? Duelo? Confronto? Embate? Sim. Mesmo com o desdém de ambos. Mesmo com seus treinadores mandando a campo seus times reservas. Ou pelo menos cheio deles.
Mas cobrindo os atletas, as tais camisas. Movidas pela centenária rivalidade. Que está acima de qualquer disputa pela vice-liderança do hexagonal. Vale pontos, é verdade. Melhora a classificação. Só que, acima de tudo, vale a greia com o vizinho. Até com o chefe.
Isso é clássico.