Vencidos na decisão sobre a distribuição de vagas do novo formato do Nordestão a partir de 2018, Náutico, Sport e Santa Cruz adotam a postura de paciência com relação às novas medidas aprovadas pelos restantes dos clubes nordestinos em assembleia realizada nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro. O trio de ferro da capital segue discordando do modelo aprovado por 14x3 (os três votos foram dos pernambucanos), mas evita atritos maiores com Liga do Nordeste ou a Confederação Brasileira de Futebol.
Procurado pelo Blog do Torcedor, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, destacou que a mudança não pode ocorrer sem a unanimidade dos clubes envolvidos. "Se um deles não assinar o regulamento novo, não tem mudança. O modelo com 20 clubes está registrado até 2022 e deve ser mantido se os clubes pernambucanos não aceitaram a alteração, que aliás, foi proposta por nós", disse.
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O imbróglio ocorre porque Pernambuco não aceita perder uma das três vagas diretas na competição. Com o novo modelo, a quantidade de equipes participantes seria reduzida de 20 para 16. Assim, os nove campeões estaduais teriam vaga direta na fase de grupos junto com os vice das três melhores federações (hoje Pernambuco, Bahia e Ceará). As outras quatro vagas viriam de um "pré-Nordestão" com os vices de Sergipe, Alagoas, Paraíba, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte mais os terceiros colocados de Pernambuco e Bahia. É com isso que o trio de ferro não concorda. O pedido é para que as três vagas do Estado sejam diretas.
Com a proposta do novo Nordestão aprovada nesta sexta-feira, os clubes pernambucanos preferem esperar próximas ações envolvendo a mudança antes de tomar alguma atitude. Para Santa Cruz e Sport, inclusive o foco é a competição deste ano. "Nós não concordamos e seguimos sem concordar, mas vamos analisar com calma isso. Nossa preocupação é essa competição", afirmou o presidente do Sport, Arnaldo Barros.
