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Provocar rivais é saudável para o futebol ou tal comportamento não cabe mais?

Carlyle Paes Barreto
Carlyle Paes Barreto
Publicado em 21/03/2017 às 11:46
Foto: André Nery/JC Imagem
Foto: André Nery/JC Imagem

Os mais novos talvez não se lembrem. Ou nem saibam. Mas até pouco tempo atrás, era comum alfinetar adversários. Fazia parte do futebol. Em campo ou fora dele. Especialmente antes de clásicos. De jogos importantes. Hoje em dia, é agressão.

A imprensa gostava. E dava corda, potencializando provocações. E até apostas. Movimentando ainda mais os embates nos gramados.

Jogadores como Renato Gaúcho, Djalminha, Edmundo e Viola adoravam brincar com rivais. E sabiam fazer.

Atraindo até confusão com torcida adversária. Mas juntando uma legião de seguidores. De admiradores.

Por aqui, raros foram os provocadores. Os bad boys. Cabia mais aos dirigentes. Famosos pelos duelos pré-clássicos. Homero e Wanderson Lacerda. Fred Domingos. Zé Neves. Edinho. André Campos. Inflamavam torcedores com piadas. Alfinetadas.

Mas será que o futebol atual permite tais provocações? Não fazê-las seria mimimi ou apenas cumprir a lei do politicamente correto?

Felipe Melo é um ponto fora da curva. Peita jornalista, bate em jogador do outro time, encara torcida. No clássico de domingo, xingou a torcida do Santos, dizendo que quem mandava na Vila era o seu Palmeiras. Ironizou até a pequena presença de público. Mas por conta disso, é perseguido.

Juntos na seleção espanhola, Sérgio Ramos e Piqué lembraram antigas provocações. Cada um defendendo seu clube. Os arquirrivais Real Madrid e Barcelona. Tornaram-se personagens.

Na Europa, no geral, é até mais fácil. O torcedor xinga, mas entende. Aqui passa do limite. Com a liberdade descontrolada e não fiscalizada das redes sociais, ele não aceita tais provocações.

Por isso mesmo, não dá mais para brincar como antigamente. Melhor deixá-las na lembrança. Mesmo tornando o futebol mais chato.

Ou ficar aplaudindo e xingando um doido, no bom sentido, como Felipe Melo.

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