O zagueiro Ewerton Páscoa bem que tentou mas não conseguiu fugir aos clichês de uma entrevista pós-derrota: reclamou do regulamento da Copa do Brasil, disse que a bola não entrou - como se a ferramenta de trabalho tivesse vontade própria -, afirmou que o time vai dar a volta por cima na próxima partida e pediu paciência à torcida, embora tenha dado razão à pressão que, certamente, vai aumentar.
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"Infelizmente, esse regulamento da Copa do Brasil é complicado, mas a gente tem que respeitar. A gente veio aqui para ganhar, mas infelizmente a bola não entrou. Essa situação está nos incomodando bastante mas vamos dar a volta por cima na próxima partida".
Ele só saiu um pouco do lugar-comum quando o repórter João Victor Amorim, da Rádio Jornal, questionou se o comando da equipe tinha alguma influência na má fase. Para o defensor, não tem nada a ver. "Não tem nada a ver com o comando porque o time não encaixou. As coisas não estão acontecendo e nós, mais experientes, temos que blindar os mais jovens", enfatizou.
Páscoa acredita que a pressão vai aumentar não apenas pelas quatro derrotas, mas e principalmente, pelo longo hiato de conquistas alvirrubras. Esse ano é o 13º depois do Pernambucano de 2004, última taça levantada. "Vem o acúmulo de 13 anos sem título e tudo isso sobrecarrega o ambiente. Sabemos disso mas peço um pouco mais de consciência ao torcedor porque o trabalho está começando. Não começou do jeito que a gente esperava mas o final vai ser bem melhor".
