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Sport, Náutico e Santa Cruz sem lembrança de tantos garotos promovidos juntos

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 22/01/2017 às 9:08
O Sport subiu, no total, dez garotos entre o ano passado e a atual pré-temporada. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife
O Sport subiu, no total, dez garotos entre o ano passado e a atual pré-temporada. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Para a temporada 2017, Náutico, Santa Cruz e Sport subiram altos números de jogadores da base para o time principal. Este ano, o Timbu e o Leão promoveram sete atletas, cada, e o Tricolor dez. Nos três clubes da capital pernambucana, não há lembrança recente de tantos jovens promovidos de uma vez ao elenco profissional. Os garotos já se preparam, ao menos, com as equipes. A sequência vai depender deles. Por enquanto, os clubes aproveitam a pré-temporada para avaliar o desempenho dos meninos.

Com muitos garotos subindo de categoria, o diretor da base coral Breno Cruz destaca que, em 30 anos integrando o clube, não se recorda de ter essa quantidade de meninos promovidos. "Em 2011, quando montamos o time, tivemos grande subida, mas com atletas de base que vieram de outras localidades. Dessa vez nós produzimos esses atletas", exalta o dirigente.

O coordenador técnico da base rubro-negra Rodrigo Dias também cita o aumento no número de promoções. "Ano passado subiram três, o Fábio, no início do ano, e Maylson e Thallyson, antes de acabar o ano. É um processo é natural até meninos se mostrarem maduros suficientes", disse.

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Ter atletas da base, além de propiciar oportunidades aos jovens, é financeiramente importante para os clubes. O vice-presidente tricolor Constantino Júnior ressaltou que a chance também permite que os times façam caixa e diminuam a folha salarial. "Quanto mais jogadores da base aproveitados, melhor. No Santa existe dificuldade estrutural, mas formamos muitos jogadores, independente de CT, sempre revelamos muitos atletas. Queremos oportunizar, melhorar o aproveitamento. O treinador tem que saber abraçar essa causa", enfatizou.

No Náutico, 16 atletas do elenco atual são oriundos da base do clube, de diferentes gerações. "Estamos criando um Náutico só, da base ao profissional, com o mesmo estilo de jogo. Juntando um departamento médico que atenda os dois, fisiologia, fisioterapia. Porque o atleta de base tem que aprender a conviver para se sentir um jogador profissional", explicou o diretor de futebol alvirrubro Marcílio Sales. O Timbu tem desde o volante João Ananias, agora com 26 anos, aos jovens Erick e Gerônimo, de 19 anos.

Os três clubes exaltam a paciência necessária para realizar a preparação dos garotos. Ter calma com o trabalho desenvolvido rende frutos. O coordenador técnico do Sport Rodrigo Dias relembra que, em 2016, as quatro categorias de base rubro-negras obtiveram bons resultados. "Com o sub-13 ganhamos quatro competições. No sub-15 ficamos entre os quatro na Copa do Brasil da categoria. No sub-17 fomos vice e no sub-20 ficamos em 5º na Copa São Paulo 2016 e 4º na Copa do Brasil. Os meninos têm dado resultado e confirmado evolução deles", elencou.

Segundo Roberval Ramos, coordenador técnico da base coral, os torneios servem tanto para dar experiência e avaliar, como também para captar outros talentos. "Visamos fabricar jogadores para o profissional", resumiu o tricolor.

Igor Neves foi formado nas categorias de base do Náutico. Foto: Léo Lemos/Náutico - Igor Neves foi formado nas categorias de base do Náutico. Foto: Léo Lemos/Náutico
O atacante Léo Cotia foi promovido ao profissional, aos 20 anos. Foto: Coralnet - O atacante Léo Cotia foi promovido ao profissional, aos 20 anos. Foto: Coralnet
Eduardo Brito terá parte de seus direitos vendidos. Foto: Bobby Fabaisak/JC Imagem. - Eduardo Brito terá parte de seus direitos vendidos. Foto: Bobby Fabaisak/JC Imagem.
Foto: Divulgação/Sport - Foto: Divulgação/Sport
Juninho foi um dos que subiu. Foto: André Nery/JC Imagem - Juninho foi um dos que subiu. Foto: André Nery/JC Imagem
David é outro jogador formado na base timbu. Foto: Diego Nigro/JC Imagem - David é outro jogador formado na base timbu. Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Williams Luz jogará o sergipano e a série D Foto: Divulgação/Santa Cruz - Williams Luz jogará o sergipano e a série D Foto: Divulgação/Santa Cruz
O atacante Gerônimo foi promovido para o time profissional. Foto: Davi Saboya/Blog do Torcedor - O atacante Gerônimo foi promovido para o time profissional. Foto: Davi Saboya/Blog do Torcedor

Para aproveitar os garotos, o Timbu mantém um acordo com a gestão de, antes de procurar fora, observar atletas na base do clube, segundo o então técnico da base alvirrubra Márcio Galuppo. "Esse ano se fala na contratação de um lateral-esquerdo, mas acho que Manoel e João Paulo, com uma sequência de jogos, vão agradar ao técnico Dado Cavalcanti", acredita. Ele relembrou que Joazi, prata-da-casa alvirrubro, terminou 2016 como titular do lado direito do campo.

Daniel Paulista, atualmente treinador do Sport, já foi auxiliar do clube e, desde a época, observava os garotos junto ao coordenador técnico. "Conversamos constantemente para ver quem tem um potencial de ir para o profissional ou não", disse Rodrigo Dias. O vice-presidente do Santa Cruz expõe pensamento semelhante. "Por que tentar jogador de fora, se você tem talento dentro de casa?", questiona Constantino.

GAROTOS

Os meninos comemoram as chances de mostrarem que também são atletas profissionais. "Garra não vai faltar, isso pode deixar afirmado. Vontade, dedicação, força de vontade vai ser dobrada, não vai faltar", garante o meia tricolor Williams Luz, de 19 anos.

Com a subida em massa, o atacante rubro-negro Patrick agradece à diretoria do Sport em nome dos companheiros. "Venho me preparando desde a base para quando chegar no profissional estar o melhor possível, para dar alegria a toda torcida, fazer ótimos jogos, ser artilheiro, pois a gente que está na base quer subir para o profissional para fazer história", externa o garoto, de apenas 17 anos.

Para o lateral-direito alvirrubro David, formado na base timbu, voltando ao clube agora, olhar para o lado e ver outro garoto que passou pelas mesmas etapas é um fator gratificante. "Ver um correndo pelo outro, se dedicando. Uma pessoa que passou na base com você, sofreu junto, lutou junto e, se Deus quiser, cada um vai achar seu espaço durante os jogos", disse o jogador timbu.

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