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Solidariedade marca adeus ao meia Cléber Santana

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 04/12/2016 às 18:20
Esposa, mãe e filhos de Cléber Santana abraçados próximo ao caixão. Foto: Guga Matos/JC Imagem
Esposa, mãe e filhos de Cléber Santana abraçados próximo ao caixão. Foto: Guga Matos/JC Imagem

Por Karoline Albuquerque e Davi Saboya

Sem times ou cores, o velório do meia e capitão da Chapecoense, Cléber Santana, reuniu amigos, parentes, fãs e admiradores do jogador pernambucano para prestar apoio e solidariedade à família, durante este domingo (4), na Ilha do Retiro. Cléber foi uma das 71 vítimas do acidente com o avião da Chape, na madrugada (horário brasileiro) da última terça-feira (29), quando seguia para disputar a final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional da Colômbia.

Revelado pelo Sport e natural de Abreu e Lima, o clube abriu as portas para receber o último adeus ao meia. Torcedores de Náutico e Sport, admiradores do jogador, foram ao velório reverenciar Cléber Santana e oferecer conforto à família.

Rosângela Loureiro, esposa do jogador, chegou ao local junto aos filhos. Ainda com o futuro indefinido, a viúva pretende, primeiro, amenizar o sofrimento dos filhos. Para isso, ela pretende voltar a Chapecó e ficar por lá, por pelo menos alguns meses. "Para os meninos passaram uns meses na escola, para não sentirem tanto a perda de pai. Se a distração for essa, se isso for amenizar o sofrimento, eu fico. Se for para eu sofrer e eles não, porque querendo ou não, eles vão estar com amigos", disse.

Durante o velório, Cléber Santana foi homenageado com palmas, gritos do seu nome e cânticos da Chapecoense, clube que defendia desde o ano passado. Nildo, ex-meia do Sport, pediu uma salva de palmas para o amigo. "Tive o prazer de jogar com ele em 2003, nós fomos campeões pernambucanos. Fizemos uma excelente Copa do Brasil. Cléber é um atleta que entrou para nossa história", resumiu.

Amigos do jogador, que atuaram com ele em campo, exaltaram a figura alegre do meio-campista e a forma como agia em campo. O volante Everton, o ex-zagueiro Sandro e o ex-volante Dario também foram se despedir do amigo. Foi no Sport que os jogadores atuaram ao lado de Cléber Santana.

Entre os atletas ainda ativos, o atacante do Leão, Túlio de Melo, foi o único que jogou com o meia na Chapecoense, na temporada passada. "Cléber foi referência por onde passou, voz ativa nos clubes, importante demais dentro de campo e com certeza muito mais importante dentro do vestiário, pelo caráter, pelo homem que era e pelo exemplo que era para todos os jogadores", disse.

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Já Everton, jogador do Central, é outro contemporâneo de Cléber Santana no Sport. "Ele passava alegria para as pessoa. Na categoria de base, junto com ele, senti isso e fica a lembrança dele alegre. Cléber era esse cara que gostava de viver, gostava daquilo que fazia e a gente sabia que ele ia ser um jogador extraordinário", exaltou o volante.

Foto: Guga Matos/JC Imagem - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Adversários deixaram a rivalidade em campo. O atacante Grafite, do Santa Cruz, mesmo conhecendo Cléber Santana há pouco tempo, foi à Ilha do Retiro apoiar a família do meia. "Ele deixa um legado de profissionalismo, de pessoa, de humano, pois Cléber sempre procurou ajudar o próximo", elencou o tricolor. Carlinhos Bala, atualmente no Altos-PI, também foi ao local. O jogador é contemporâneo de Cléber, de lados opostos do campo. "Que Deus esteja com ele e ele esteja lá feliz junto com outros companheiros dele. Aqui ficam as boas lembranças de quando a gente jogava os clássicos nas categorias de base", destacou Bala.

O atual presidente do Sport João Humberto Martorelli e o candidato à presidência do clube Wanderson Lacerda elogiaram Cléber Santana. O mandatário citou o altruísmo do ex-atleta do clube, enquanto o antigo vice-presidente de futebol relembrou os bons desempenhos do meia em campo.

O velório na Ilha do Retiro seguiu até as 15h. Em cima de um caminhão do Corpo de Bombeiros, o corpo de Cléber Santana foi levado ao cemitério Morada da Paz, onde familiares e amigos próximos acompanharam a cerimônia de cremação.

O também pernambucano Kempes, atacante da Chape, foi velado em Porto Alegre. O jogador deixou Carpina ainda muito pequeno e tinha uma ligação muito forte com o Rio Grande do Sul. O corpo de Kempes foi cremado às 10h30 (horário de Brasília).

 

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