Oito pessoas indiciadas, duas presas e um menor apreendido. Até o momento, este foi o saldo da confusão entre facções uniformizadas no último dia 11, antes do jogo entre Sport x Santa Cruz, no bairro do Cordeiro. As informações foram divulgadas pela Polícia Civil na manhã desta segunda-feira. De acordo com o delegado Paulo Furtado, responsável pelas investigações, as vítimas de espancamento, Amilton Santos (Buiú) e André Sales, ambos integrantes da Inferno Coral, também foram indiciados por rixa, associação criminosa e promoção de tumulto.
"Das oito pessoas indiciadas, três se enquadram no crime de tentativa de homicídio qualificado, por não darem capacidade de resistência à vítima. Os outros indivíduos foram identificados, mas não são autores desse crime. O foco foi em quem realmente quis matar os dois integrantes da Inferno Coral", afirmou Furtado.
Até o momento, Renato de Assis da Silva, 23 anos, e Victor Eduardo Gomes da Silva, 20 anos estão presos. O primeiro foi quem agiu com mais truculência no vídeo que circulou nas redes sociais, golpeando o Buiú diversas vezes na cabeça. Ele foi preso no dia seguinte à briga e confessou o crime. Já o segundo, foi preso em flagrante tentando entrar no estádio para assistir ao jogo. Wagner dos Santos, 24 , e Carlos Renato da Silva, 24 , são os outros dois indiciados por tentativa de homicídio e estão foragidos.
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Além destes quatro, Theo Machida, 23 anos, que também participou da agressão aos integrantes da Inferno Coral, prestou depoimento, mas foi liberado e aguardará decisão da justiça. Já Thyago Mendes, que também é da Torcida Jovem, foi indiciado e está foragido por não ter comparecido para prestar depoimento à polícia. Ele já tem passagem registrada na polícia.
Para identificar os agressores, a Polícia Civil utilizou imagens das câmeras de segurança de uma igreja próxima ao local da briga. Nos vídeos, pode-se observar integrantes da uniformizadas associada ao Santa Cruz carregando pedaços de madeira e indo em direção aos indivíduos ligados à Torcida Jovem, associada ao Sport. Posteriormente, em menor número, os integrantes da Inferno Coral passam a correr para fugir dos rivais e, após isso, a confusão culmina no espancamento de Amílton Santos, presidente da Inferno Coral, e André Sales, que é diretor de arquibancada da mesma facção.
Apesar das imagens comprovarem a participação dos indiciados na briga entre uniformizadas, nenhum deles afirma ser integrante de torcidas organizadas. Todos os indivíduos, segundo o delegado, dizem que no momento da briga estavam apenas "passando pelo local". Há ainda a possibilidade do confronto ter sido combinado previamente pelas redes sociais, revelou a polícia.