Alvirrubro superou prognósticos negativos. Foto: Ashley Melo/JC Imagem
Texto publicado na coluna do Blog no Jornal do Commercio
A alta do alvirrubro Lucas Lyra é uma vitória da vida acima de tudo. É o tipo de notícia que todos nós gostamos de ler, afinal não é sempre que alguém é baleado na cabeça após briga de torcidas, tem 1% de chance de sobreviver e sai vivo para continuar a sua vida. Lucas encarou o desafio de frente e venceu, mesmo em situações adversas.
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Só que não é sempre que vamos ter um Lucas Lyra depois de casos de violência no futebol. Quantos outros não tiveram a mesma sorte do alvirrubro? Quantas outras mães viram os seus filhos sofrerem algum tipo de violência no futebol e não puderam comemorar o retorno para casa? Não é sempre que teremos um Lucas Lyra nesses casos.
Lucas já está em casa. Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
Por isso, é importante enaltecer a vitória de Lucas Lyra sim, mas também tê-la na consciência. O caso dele é o exemplo de que o combate à violência no futebol é falho em vários aspectos, principalmente na prevenção. Pior do que isso é saber que Lucas foi baleado em 2013 e depois de três anos e meio pouca coisa mudou nos nossos estádios. A torcida é para que novos Lucas não apareçam mais no nosso futebol.