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Justiça condena Santa Cruz e CBF a pagarem R$ 500 mil por morte de torcedor com privada

Thiago Wagner
Thiago Wagner
Publicado em 12/07/2016 às 18:02
Justiça condena Santa Cruz e CBF a pagarem R$ 500 mil por morte de torcedor com privada
Justiça condena Santa Cruz e CBF a pagarem R$ 500 mil por morte de torcedor com privada

Foto: Guga Matos/JC Imagem Paulo Ricardo Gomes da Silva morreu depois de ser atingido por uma privada. Foto: Guga Matos/JC Imagem

Julgamento da 32ª Vara Cível da Capital decidiu que Santa Cruz e Confederação Brasileira de Futebol paguem uma indenização de R$ 500 mil para os pais de Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26 anos, torcedor morto depois de ser atingido por uma privada jogada do lado de dentro do estádio do Arruda, após a partida entre o Tricolor e o Paraná, pela Série B, no dia 2 de maio de 2014. A pena é de responsabilidade solidária, ou seja, se uma das partes não pagar a outra fica obrigada a fazê-lo. A decisão foi do juiz José Júnior Florentino dos Santos e levou em conta os danos morais contra a família da vítima. O julgamento foi no dia 20 de junho com decisão publicada nessa segunda, 11 de julho, em 1ª instância. Cabe recurso dos envolvidos.

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Além desse valor, os dois envolvidos ficam obrigados a pagar uma pensão mensal no valor de R$ 438,62 até o ano em que Paulo Ricardo completaria 65 anos.

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Em entrevista ao Blog do Torcedor, o tio de Paulo, Tiago Valdevino, comentou sobre a decisão. Para ele, não repara o dano causado, mas traz justiça. "O juiz foi muito contundente. A gente nem esperava que saísse agora. Mas o caso se destacou com prisões em tempo recorde e com julgamento rápido. Quando a mãe do Paulo soube (Joelma Valdevino da Silva), chorou muito", disse.

Autores do crime, Everton Felipe Santiago Santana, de Luiz Cabral de Araújo Neto, e de Waldir Pessoa Firmo Júnior foram condenados em júri popular, no dia 2 de setembro. Everton pegou 28 anos e nove meses, Luiz 25 anos, sete meses e 15 dias e Waldir, 22 anos e seis meses. O responsável por definir esse período foi o juiz Jorge Luiz dos Santos Henriques, que presidiu a sessão. Os três foram condenados por homicídio consumado, pela morte de Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26, e por outras três tentativas de homicídios, pessoas que foram atingidas pelos estilhaços dos vasos sanitários.

O soldador naval Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26, foi morto no dia 2 de maio de 2014 depois de ser atingido por uma privada jogada de dentro do estádio do Arruda, após a partida entre Santa Cruz e Paraná, pela Série B. Paulo morreu na hora e outras três pessoas foram atingidas por estilhaços. Dias após o ocorrido, Everton, Luiz Cabral e Waldir foram detidos pela Polícia Civil. Os três confessaram terem retirado e atirado os dois vasos do estádio. O caso ganhou repercussão internacional, principalmente pelo fato do Brasil ser o país-sede da Copa do Mundo.

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