Foto: JC Imagem.
O técnico do Santa Cruz, Milton Mendes, admitiu que sua ideia de jogo para enfrentar o Corinthians era repetir o segundo tempo contra o Palmeiras. Por isso, montou o time para pressionar a saída de bola do adversário. O problema, segundo ele, é que nem sempre a equipe conseguiu, além de deixar muito espaço entre os laterais e os zagueiros, caminho que os corintianos encontraram para chegar aos dois gols que deram a vitória.
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"Iniciamos pressionando alto, com nossos blocos juntos no campo adversário. Mas eles estavam entrando no espaço que os laterais estavam deixando. No intervalo corrigi isso e coloquei um lateral mais rápido", explicou. A outra alteração, entrada de Wallyson no posto de Daniel Costa também teve como objetivo preencher um erro de estratégia.
De acordo com Milton, como o Santa joga com dois jogadores abertos - Keno pela esquerda e Arthur pela direita - é preciso um meia centralizado para fazer um triângulo com esses dois ponteiros. Coisa que foi trabalhada com Daniel mas ele não repetiu no jogo. "Wallyson não é meia mas entende melhor nosso jogo. E Mário Sérgio não deu o espaço que Vítor estava dando", pontuou.
Seguindo em sua análise, o comandante coral viu, no segundo tempo, com essas alterações, seu time com mais volume, posse de bola e finalização. Faltou apenas a bola ir no endereço certo.
SEM MEDO
A sucessão de derrotas, que colocaria qualquer técnico no Brasil em xeque, não assusta o treinador coral. Para ele, o respaldo que vem da diretoria e a própria atuação da equipe fazem a diferença em seu favor e defende uma nova abordagem na hora de se avaliar o trabalho de um técnico. "O que é preciso é entender o trabalho, saber se está sendo feito de forma coerente, se o processo está sendo construtivo e saber o que não está acontecendo e por que não está acontecendo", enfatizou.