Pela primeira vez na história do Brasileirão o Sport conquistou um ponto enfrentando o São Paulo fora de casa. O time rubro-negro foi competente para se defender e segurou o 0x0 com competência. Mas ainda não foi suficiente para sair da zona de rebaixamento. Com nove pontos, o Leão foi para o 18º lugar e volta a jogar no próximo domingo (26), diante da Chapecoense, na Ilha. O São Paulo enfrenta o Santos no Pacaembu.
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PRIMEIRO TEMPO
Foto: Alex Silva/Estadão Conteúdo.
O Sport até ensaiou jogar de forma mais corajosa nos primeiros cinco minutos. Marcou a partir do meio de campo mas logo logo voltou à programação normal com todo time no campo defensivo e dando liberdade para os zagueiros do São Paulo dominarem a bola na linha divisória do gramado sem serem pressionados. Tal postura deixou a equipe no fio da navalha: quando tirava o espaço de Paulo Henrique Ganso, impedia que o adversário chegasse em condições de finalizar. Quando não, deixava a defesa em apuros.
Esse mesmo sobe-desce valeu para a hora de atacar. Quando tentava sair na ligação direta, sempre com Durval, a defesa tricolor levava vantagem. Quando foi por baixo, com a bola rolando, também criou dificuldades para o rival, embora em menor volume. Nas oportunidades mais claras, o time da casa conseguiu mais. Ganso e Michel Bastos ficaram cara a cara com Magrão. O primeiro mandou por cima. O goleiro leonino salvou a segunda, contando com o complemento de Rodney Wallace. O Sport chegou duas vezes com Diego Souza. Na primeira ele usou o braço para dominar a bola e chutar por cima - o juiz não viu. Na segunda entortou Maicon acertou o lado externo da rede.
Apesar de bem menos com a bola não se pode dizer que o time pernambucano fez um primeiro tempo ruim. Dentro de suas limitações cedeu a bola ao time da casa mas teve o mérito de impedir um bombardeio. Quando Diego Souza encontrou o espaço entre os volantes e os zagueiros paulistas levou perigo, como nas jogadas citadas acima. No final do primeiro tempo ele ainda teve outra, aos 40. Novamente deixou Maicon para trás mas o chute saiu fraco. Dênis fez a defesa.
SEGUNDO TEMPO
Os dois times voltaram com as mesmas formações mas o Sport com uma postura diferente. E mais perigosa. Nem mesmo esboçar o contra-ataque o time pernambucano conseguia, já que mesmo quando desarmava a bola voltava quando batia em Serginho e Rithely. Diego Souza, Gabriel Xavier, Edmilson e Everton Felipe tornaram-se apenas marcadores. Quanto mais o tempo passava, mais o São Paulo jogava perto da área rubro-negra. Louve-se aí o trabalho do quase sempre criticado Matheus Ferraz. Até quando entrou imprudentemente de carrinho em Ytalo contou com a vista grossa do árbitro, que não marcou a penalidade. O maior apuro de Magrão foi um chute de Michel Bastos da entrada da área.
Por isso, o técnico Edgardo Bauza tentou outras formas de fazer o time atacar. Primeiro entrou com Alan Kardec no lugar de Ytalo, para tentar ganhar na força física. Depois, foi mais ousado ao tirar o volante João Schmidt para acionar outro atacante, Luís Araújo, este para vir de trás com a bola dominada. O lado direito paulista, até então quase adormecido, ganhou volume de jogo, mas ainda sem conseguir finalizar com grande perigo. Aos 36 minutos, Oswaldo repetiu a fórmula do jogo com o Fluminense: acionou Lenis e deixou Diego Souza ocupando o espaço do centroavante.
Três minutos depois, Luiz Antônio entrou no lugar de Everton Felipe para fechar a casinha, que, diga-se de passagem, estava bem fechada. Ainda que sob o risco de tomar um gol até numa bola desviada em tanta gente que se amontoava - organizadamente - em frente de sua área, o Sport cumpriu a tarefa.
Ficha do jogo:
São Paulo: Denis; Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Matheus Reis; Thiago Mendes, João Schmidt (Luís Araújo), Kelvin (Centurión), Paulo Henrique Ganso e Michel Bastos; Ytalo (Alan Kardec). Técnico: Bauza.
Sport: Magrão; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Durval e Rodney Wallace; Rithely, Serginho (Rodrigo Mancha) e Diego Souza; Éverton Felipe (Luiz Antônio), Gabriel Xavier e Edmilson (Lenis). Técnico: Oswaldo de Oliveira.
Local: Morumbi, São Paulo (SP). Árbitro: Rafael Traci (PR). Auxiliares: Rafael Trombeta (PR) e Pedro Martinello Christino (PR). Cartões amarelos: Samuel Xavier e Edmilson. Renda: R$ 321.698. Público: 11.145.
