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Entrevista: "Saio pela porta da frente", diz Thiago Gomes

Ramon Andrade
Ramon Andrade
Publicado em 27/04/2016 às 16:42
Foto: Guga Matos/JC Imagem
Foto: Guga Matos/JC Imagem

Foto: Guga Matos/JC Imagem Foto: Guga Matos/JC Imagem

Por Alexandre Arditti, da editoria de Esportes do Jornal do Commercio

O assistente-técnico Thiago Gomes, que passou os últimos nove dias como técnico interino do Sport, vai deixar a Ilha do Retiro ao fim do Pernambucano. Nesta quinta-feira (28), ele vai comandar pela terceira e última vez o time à beira do gramado. Será no confronto com a Aparecidense, às 19h15, na Ilha do Retiro, pela volta da primeira fase da Copa do Brasil. Em entrevista exclusiva ao JC, ele falou sobre sua passagem pelo Leão e os planos para o futuro.

Qual a avaliação que você faz do seu trabalho no Sport?

Cheguei em uma comissão técnica com Falcão (técnico) e Paixão (preparador físico). Fizemos um grande trabalho no ano passado. Nessa temporada, com tantas mudanças, a chegada de muitos jogadores, o time oscilou. Uma coisa natural que aconteceu foi o time oscilar nesse momento de reconstrução, ainda mais por termos jogadores estrangeiros, duas competições ao mesmo tempo. Tudo isso dificultou o trabalho. Mas saio do Sport com a sensação do dever cumprido, porque dei sempre o meu melhor.

E qual o balanço sobre os nove dias como técnico interino?

Essa chance de ser interino é uma valorização minha como profissional. Um pedido que recebi de Martorelli (presidente), Arnaldo (vice de futebol) e Zanotta (executivo de futebol). Foi um momento de valorização. Como técnico interino acredito que alcancei todos os objetivos que me foram passados. Peguei o time na semifinal e estou entregando na decisão. Penso que o objetivo era ajudar a equipe até a reta final do Estadual. Me sintia apto a dirigir o time na decisão, mas respeito a opção da diretoria de trazer Oswaldo de Oliveira. Amanhã (nesta quinta), tem esse jogo para terminar esse ciclo como treinador.

 Você acha que as críticas da imprensa e da torcida foram desmerecidas?

Não posso falar das críticas ao Falcão, pois não cabe a mim. Posso falar sobre as críticas que eu recebi como treinador interino. Tem que ficar claro que eu tive pouco tempo para treinar. Não é desculpa clichê que todo treinador usa. É uma constatação. Quando assumi a equipe, prometi que não mexeria na formação porque não teria tempo para treinar. Eu penso que se eu fizesse uma mudança sem treinar, o risco de ser eliminado na semifinal do Pernambucano era maior. Tanto que hoje (nesta quarta), no primeiro treino pós-classificação para a decisão, consegui promover mudanças, não só de peças como na forma de jogar. As críticas, eu entendo como normal, mas o torcedor não avaliou como deveria. A maioria das críticas era sobre deixar o time mais ofensivo. Era uma intenção minha, basta ver as minhas substituições no decorrer dos jogos. Entendo o torcedor, que está angustiado querendo ver o time jogar bem. Mas repito: não gostei de como jogamos (contra o Salgueiro).

Qual a análise que você faz das contratações do Sport para 2016?

A minha avaliação é que fizemos boas contratações. Quando se contrata muitos jogadores, estrangeiros também, automaticamente o tempo é necessário. Precisamos de um tempo maior para trabalhar e entrosar estes atletas. O primeiro semestre seria para isso. O Sport está passando por um momento de reformulação. É lógico que não se acerta 100%, mas os erros foram poucos.

Foto: Fernando da Hora/JC Imagem Foto: Fernando da Hora/JC Imagem

Você acha que a pouca idade (tem 31 anos) pesou contra a sua permanência como técnico do Sport?

Acho que o futebol mudou. Estamos numa nova era. Acredito que depois do 7x1 abrimos os olhos para coisas novas. A nova geração que está chegando. Se não fosse um ano político aqui no Sport, e escutei isso de pessoas daqui, eu seria um segundo Eduardo Baptista. Todos acreditam no meu potencial como treinador. Não acredito que seria um problema a idade. Os jogadores gostam de mim. Sinto isso. Eles ficaram tristes com a minha saída.

Como será esse trabalho de transição com o técnico Oswaldo de Oliveira?

Na verdade, vou estar à disposição para tirar dúvidas, individuais e táticas. Vou opinar no que precisar. Estarei de coração aberto para ajudá-lo. Gostaria que fizessem o mesmo comigo. Mas não é só isso. Pelo carinho que tenho pelo clube e pela torcida posso dizer que o Sport ganhou um novo torcedor.

Você acredita que sai do Sport com uma boa imagem?

Saio pela porta da frente. Saio com uma relação com todos os funcionários muito boa, com os atletas, com a diretoria... Eu entendo perfeitamente a situação do presidente e do Arnaldo (vice de futebol). Duas pessoas que aprendi a respeitar e a admirar. Sempre foram muito honestos comigo. Sei que o Sport está em boas mãos, pessoas competentes e que amam o clube. Eles disseram que as portas estão abertas. Quem sabe em um futuro não muito longe eu volte como treinador?

E sobre o futuro da sua carreira. Quais os planos?

Ainda nao planejei nada. Futebol devemos esperar acontecer. Não estaria imaginando algo ainda estando aqui. Hoje (nesta quarta) é que foi tomada a decisão oficial. Agora vou começar a planejar as coisas. Meu telefone já tocou algumas vezes com opções de mercado para dentro e fora do Brasil. Não deu nem 12 horas e já tenho convites de trabalho. Vou sentar e analisar com o meu empresário o que é melhor para a minha carreira. Depois do Pernambucano, pretendo tirar uns 15 dias de férias. Quero aproveitar para conhecer bem o litoral pernambucano com a minha família (esposa, filha de 2 anos, mãe e irmão – todos estão com ele no Recife).

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