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Estante F.C. - Os bastidores da maior organizada do Boca

Ramon Andrade
Ramon Andrade
Publicado em 06/03/2016 às 9:16
Estante FC FOTO:

 

Estante F.C.

Toda semana, um dos repórteres de Esportes do Blog do Torcedor, do Jornal do Commercio, da TV Jornal e da Rádio Jornal vai escrever sobre o último livro que leu ou ainda está lendo, envolvendo temas esportivos. Nesta semana, Thiago Wagner comenta o livro que revelou como funciona os bastidores das organizadas do Boca Juniors.

Estante FC

O torcedor, jornalista ou pesquisador que deseja entender um pouco sobre a violência das organizadas no futebol precisa ler o livro La Doce - A explosiva história da torcida organizada mais temida do mundo. A publicação é de autoria do jornalista argentino Gustavo Grabia, repórter do jornal Olé, e conta a história da barra brava La Doce, do Boca Juniors.

A leitura serve para ver que os problemas da organizadas transcendem à rivalidade no futebol. No caso da Argentina, as barras são verdadeiras organizações criminosas, que superam o poder das nossas torcidas. Tráfico de drogas, jogo de influência e até interferência política fazem parte da rotina das barras argentinas.

A La Doce é a mais temida até pela força do Boca Juniors dentro da Argentina. A torcida joga seus tentáculos não só dentro do clube, mas sobre a política do país com indicações para cargos públicos.

Ler o La Doce dá a real dimensão de como o futebol é muito mais do que um jogo de futebol. Ele funciona muito mais como um reflexo da sociedade. Se no Brasil temos guerras urbanas nas classes mais baixas da sociedade, na Argentina a guerrilha é pelo poder de chefiar uma quadrilha.

O Blog do Torcedor já entrevistou Grabia para entender um pouco sobre a violência no futebol. O jornalista é um dos mais respeitados especialistas no assunto. Por isso, vale a leitura.

No trecho abaixo, a pressão de torcida La Doce para que Maradona recebesse mais a bola:

Cortaram a luz e o telefone na concentração do Boca Juniors. E o novo chefão da La Doce – a torcida organizada do Boca – acomodou um revólver sobre a mesa de pingue-pongue.

Rodeado de comparsas armados, exigiu duas coisas dos jogadores: que ganhassem do Estudiantes e, o principal, que passassem mais a bola para "o garoto". O garoto era Diego Maradona, com 20 anos em 1981.

Ninguém era louco de contestar El Abuelo, recém-sagrado líder da barra brava do Boca, a torcida mais violenta – e mais poderosa – da Argentina. Nem mesmo a polícia. Nem mesmo a Justiça.

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