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Opinião: Risco calculado e a previsão errada de cada dia

Ramon Andrade
Ramon Andrade
Publicado em 27/11/2015 às 14:25
Foto: André Nery/JC Imagem
Foto: André Nery/JC Imagem

 

Foto: André Nery/JC Imagem Foto: André Nery/JC Imagem

Por Álvaro Filho, editor do Blog do Torcedor

Um dos perfis dedicados aos assuntos do Sport, o Novo Sport, postou uns tuítes sobre jogadores do Leão que foram cornetados quando chegaram e terminaram a temporada provando que tiveram o seu valor. Se não me falha a memória, os posts comentavam sobre André, Wendel, Matheus Ferraz e Danilo Fernandes. Uma lembrança bem pertinente, por sinal.

As postagens eram dedicada à turma da "modinha", que deduzo seja recado especial à uma fatia da torcida rubro-negra, mas se não foi extensivo à imprensa, bem que deveria. Afinal, a maioria dos cronistas puxou o cordão da desconfiança com os reforços não só do Sport, mas dos outros times também (como escrevo um bocado de bobagens aqui nem me lembro se falei algo do gênero, mas já me incluo na lista, por via das dúvidas).

Cronista tem mesmo a perigosa mania de opinar antes que as coisas aconteçam. E aí os riscos da opinião ir para um viés diferente do que vai acontecer é grande. Mas é um risco calculado, pois faz parte da nossa tarefa justamente assumi-lo, pois é esperado do jornalista que avalize ou reprove uma contratação, por exemplo. Ou que "arrisque" um placar ou quem será o campeão e os rebaixados.

Feio não é errar, faz parte da nossa rotina. Não reavaliar as opiniões é que é feio.

Uma das minhas opiniões, por exemplo, foi o insucesso de Falcão. Dois anos fora da área, passagens discretas pelo Inter e Bahia, e uma desastrosa estreia como técnico da Seleção me induziam ao descrédito do trabalho dele na Ilha do Retiro. Parecia mais um "mimo" que o presidente do Sport se concedia que uma escolha coerente para a atual fase rubro-negra.

Errei. Não foi a primeira vez e, a má notícia, nem deve ser a última.

Se não é um fenômeno como treinador, Falcão também está longe de ser um desastre e, muito menos, um mimo. Tem lá as manias dele, de excessivamente fechar os treinos, mas isso é um problema da imprensa, nosso, e não do Sport.

Sobre a lista do perfil Novo Sport, surpresa, surpresa mesmo, foi a atuação de Danilo Fernandes. André tinha potencial e precisava ajustar a cabeça, não os pés, Wendel a gente já conhecia e Matheus Ferraz jogou o esperado. Mas Danilo foi além das expectativas, pois a contusão de Magrão, de início, parecia ser um prenúncio de embicada da campanha.

Mas Danilo não só segurou a onda como conseguiu algo até então inimaginável: colocar Magrão no banco.

O último tuíte faz uma advertência sobre a reabertura da temporada de reforços e a necessidade de se ter cautela com os nomes que virão. O que faz todo o sentido, mas a má notícia é que isso não deve acontecer do lado da imprensa. Não por falta de cautela, mas pela natureza do nosso ofício, mesmo, e salvo os jornalistas que preferem o conforto de serem engenheiros de obra pronta, todos os outros cronistas estão sujeitos ao risco do erro.

O risco calculado das previsões erradas de todo santo dia

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