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Opinião: União, conchavo, chapa única e venda dos Aflitos

Ramon Andrade
Ramon Andrade
Publicado em 24/11/2015 às 16:33
Foto: Davi Saboya/Blog do Torcedor
Foto: Davi Saboya/Blog do Torcedor

Foto: Davi Saboya/Blog do Torcedor Foto: Davi Saboya/Blog do Torcedor

Por Álvaro Filho, editor do Blog do Torcedor

Em vez do caminho democrático, sempre salutar, as lideranças do Náutico escolheram outro artifício da política: o conchavo. E deram à artimanha o verniz da "união", pois sempre pega bem.

Na prática, o Náutico vai ser gerido por tendências que até ontem se detestavam, com pensamentos e posturas divergentes, e pior ainda, sem oposição para fiscalizar.

O presidente, Marcos Freitas, é alvirrubro de longuíssima data, um boa praça sempre com uma anedota para tirar do bolso do paletó, que capitaneou as comissões de finanças do Conselho Deliberativo que aprovaram contas de gestões anteriores, entre elas as polêmicas de Paulo Wanderley e Berilo Júnior.

O presidente do Conselho será o advogado Túlio Ponzi, o idealizador da proposta do novo Estatuto, que na versão original, entre outras coisas, proibia o sócio de escolher o presidente do clube.

Como na prática vai acontecer agora. Com o atual conchavo/união, não há eleição.

O grande derrotado foi o vencedor da última eleição, o Movimento Transparência Alvirrubra. A atual gestão, que tinha o MTA como braço armado, caiu como um patinho na conversa da chapa Vermelho de Luta, que amarrou uma união no último dia possível para a inscrição à eleição e, três dias depois, se aliou ao adversário.

Sem tempo hábil para lançar um candidato, nem que seja para constar, ficaram a ver navios. Foram amadores até nisso. Curiosamente, o menos amador foi o diretor de esportes amadores, Ubirajara Tavares, que pulou de barco sem peso na consciência.

A grande vencedora é a gestão derrotada na última eleição, que volta ao poder após dois anos fora, dando sequência ao usucapião de décadas dos Aflitos. A maioria deles com enormes serviços prestados ao clube, mas que sucumbiram ao apoiar, em nome do poder a todo custo, uma minoria que prestou um desserviço descomunal ao Náutico, uma sequência de dívidas impagáveis que inviabilizam qualquer investimento em contratações e despesas fixas, como uma simples folha salarial.

Dívidas que nem terão o trabalho de administrar.

Já a grande decepção no processo foi o administrador Edno Melo, o candidato sem nunca ter sido. Começou mal sua carreira de cartola (ou bem, dependendo dos predicados que se valorizam). Usou o ex-diretor de futebol, Alexandre Homem de Melo, andando para lá e para cá com a "noiva" em busca de um marido para depois rifá-lo, assim que conquistou o que pretendia: um cargo.

De propenso presidente à vice-presidente administrativo-financeiro, em outras palavras Edno terá que lidar com os pepinos que os correligionários do presidente a quem a partir de agora deve satisfações deixaram de herança.

As dúvidas desse conchavo/união são muitas, mas se pode ter pelo menos uma certeza: os Aflitos deve mesmo virar um shopping até o fim da gestão, dando continuidade à sequência iniciada há três anos com a assinatura de contrato com a Arena e interrompida pela gestão que sai de cena de forma melancólica.

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