Foto: Guga Matos/JC Imagem
Talvez seja difícil encontrar muita gente que queira estar no lugar de Gilmar Dal Pozzo, atual técnico do Náutico. Chegou na 25ª rodada quando o time despencava de rendimento. E como se não bastasse problema dentro de campo eles também apareceram fora: os salários atrasaram, a diretoria não deu satisfação e ainda dispensou o meia Pedro Carmona, jogador bastante querido no elenco. Esse furacão em apenas um mês, que resultou em três vitórias, um empate e duas derrotas.
Apresentado oficialmente no dia 9 de setembro, Dal Pozzo conseguiu um aproveitamento de 55,5% nesses seis jogos, percentual superior ao que apresentam hoje os três adversários mais próximos do timbu: Bahia, Paysandu e Santa Cruz, todos com 53,3%. Foram sete gols marcados e cinco sofridos.
Mesmo assim ele está atento ao que vem acontecendo, tanto que mesmo com os três pontos não gostou da atuação na vitória sobre o Mogi Mirim, por exemplo. "Vamos rever a formação da equipe porque a produção contra Oeste e Mogi foi abaixo. Quando isso acontece o técnico precisa rever seus conceitos. Tenho toda semana para trabalhar e ver qual a formação melhor", disse.
Fora de campo ele encara a situação com a naturalidade de quem já passou por problemas até piores. Lembra, inclusive, que o problema de dinheiro - ou a falta dele - não é privilégio do Náutico. "O País vive um problema financeiro. As empresas têm seus problemas e temos que encarar com naturalidade. Temos que focar os aspectos positivos mas não deixar essas coisas passarem desapercebidas. Fui campeão no Caxias com três meses de salário atrasado em cima de uma potência, que é o Grêmio", lembrou.
